Introdução: O Diabetes é um distúrbio metabólico definido pelo aumento nos níveis de glicemia, que pode ser decorrente da pouca produção de insulina pelo pâncreas (tipo I) ou, na maioria dos casos, por uma falha na ação da insulina (tipo II). É uma das principais doenças crônicas com altas taxas de morbimortalidade, transformando-se em um sério problema de saúde pública. Desta forma, torna-se importante a educação permanente dos profissionais de saúde para o acompanhamento aos portadores de Diabetes Mellitus tipo II, na orientação do autocuidado quanto ao uso de insulina. Objetivo: Comparar o conhecimento de profissionais da saúde da família referente à terapia de insulina antes e após as ações de oficinas realizadas pela equipe do Projeto Educa Saúde. Métodos: Foi realizada uma intervenção educativa para uma equipe de Estratégia de Saúde da Família de um município da região central do Rio Grande do Sul. Um total de 13 profissionais participaram dos processos educativos, que abordaram o diabetes e a forma correta de transportar, armazenar, preparar e aplicar a insulina. As intervenções ocorreram sob a forma de oficina dialogada, com recursos visuais e demonstrações práticas. Antes da capacitação, foi aplicado um questionário para avaliar o conhecimento prévio dos profissionais sobre o assunto (pré-teste). Após a intervenção, as mudanças de suas representações sobre o tema foram examinadas (pós-teste). A avaliação do saber foi feita pela comparação do percentual de acertos antes e após a intervenção educativa. Resultados: Verificou-se um aumento no percentual de acertos de 72,2% no pré-teste para 92,33% no pós-teste. A aplicação da oficina acarretou em aumento com significância estatística no percentual de acertos da equipe analisada, reiterando a importância do processo educativo. Este resultado aponta que o processo de construção do conhecimento através de intervenções educativas aplicadas para equipes de saúde podem trazer resultados satisfatórios, incrementando o saber dos profissionais. É importante que eles estejam informados a respeito do diabetes, elaborando estratégias para promover o conhecimento e habilidades para o autocuidado do diabético, permitindo maior interação entre profissionais e usuários. Conclusão: A proposta de oficinas como modalidade educativa colaborou no incremento dos conhecimentos da equipe referente ao uso da insulina, permitindo a correta orientação ao paciente diabético usuário de insulina. Esta experiência promoveu a integração entre universidade, serviço e comunidade, preparando os profissionais para atuarem em atividades educativas junto à população diabética.