PROGRAMA PET SAÚDE GRADUA/SUS: CONSTRUINDO GRUPOS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM A PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE.
Resumo
Introdução: O processo saúde-doença envolve questões individuais, físicas, emocionais, coletivas, culturais e/ou sociais. A prática profissional, através da assistência em saúde, é abordada a partir de um modelo biomédico, focado apenas na cura da doença e de seus agravos. Com o surgimento do modelo pautado na linha do cuidado, a atenção primária em saúde no Brasil surge como potencializadora de ações individuais/coletivas e da assistência voltada à saúde e à qualidade de vida. Uma das Políticas Públicas de Estado, que surge em 1994, é o Programa Saúde da Família, hoje, denominado de Estratégia Saúde da Família (ESF). Este aborda a saúde de uma forma integral, visando a prevenção das doenças, desenvolvendo os cuidados através da promoção da saúde e do emponderamento individual/coletivo e cultural das pessoas e de suas comunidades. Tais ações educativas podem acontecer durante consultas, procedimentos técnicos, ou ações coletivas especialmente nos grupos de educação em saúde, dentre outros. Os grupos são uma ótima ferramenta de educação em saúde, pois auxiliam na sintonia do diálogo entre os profissionais e os usuários com vistas os benefícios pessoais e comunitários. A partir dessas considerações, o projeto PET-GraduaSUS, da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) na ESF Cristal/Harmonia, conta com alunos dos cursos: Enfermagem, Fisioterapia, Medicina e Odontologia, que têm como foco trabalhar a humanização do cuidado, através de ações estratégicas que sensibilizem as pessoas a buscar a saúde de forma integral e integrada. Objetivos: reconhecer a comunidade vinculada à ESF Cristal/Harmonia; refletir sobre a importância da educação em saúde àqueles usuários e organizar os grupos de educação em saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, para o qual foi elaborado um questionário semiestruturado, que será aplicado pelos alunos e agentes de saúde à população da ESF de modo aleatório na sala de espera e nas visitas domiciliares. As questões orientadoras versaram sobre: a frequência que o usuário se dirige a ESF; os motivos que o levam a frequentar; qual(is) os agravos de saúde que cada usuário reconhece em si, a intenção de participação em grupos de educação em saúde; o nível de satisfação sobre o seu estado de saúde e dos agravos que o afetam e a utilização correta de medicamentos contínuos ou não. Resultados parciais: Há previsão de aplicar-se 250 questionários, os quais serão catalogados conforme as variáveis e discutidas com a equipe e estabelecidas prioridades para organização dos grupos. Atualmente tem-se realizado estratégias de sensibilização à participação da comunidade para iniciarmos a aplicação dos questionários. Cita-se as visitas domiciliares e a realização de uma escuta qualificada aos moradores de cada domicílio visitado, o apoio e a correta informação sobre a rede de saúde do município e a participação efetiva de cada um na construção de sua saúde através da corresponsabilidade e da aproximação entre equipe e usuário. Conclusão: Para nós estudantes, a aplicação e estudo dos questionários proporcionará uma visão mais ampla e clara sobre a população com a qual estamos trabalhando. Será possível identificar as prevalências em relação as enfermidades presentes na área de atuação do PET e, baseando-se nesses dados, criar projetos que proporcionam conhecimento e educação em saúde ao público-alvo.
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