LEVANTAMENTO DE DADOS PARA ATUALIZAÇÃO DA DIMENSÃO INFRAESTRUTURAL DO PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL DO VALE DO RIO PARDO - RS

Gabriel Hauschild, Rosí Cristina Espíndola da Silveira

Resumo


O presente trabalho faz parte do projeto de extensão desenvolvido de uma equipe interdisciplinar do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da UNISC. Ele consiste na atualização e ampliação do Plano Estratégico de Desenvolvimento Regional do Vale do Rio Pardo - RS – PEDR-VRP, de acordo com o Convênio entre o Fórum dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento e Secretaria de Planejamento, Mobilidade e Desenvolvimento Regional - SEPLAN, do Estado do Rio Grande do Sul, nº 1636/2015 e o Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo – COREDE-VRP. Para realização do diagnóstico, o Plano Estratégico foi subdividido em cinco dimensões: institucional, sociocultural, econômica, infraestrutural e ambiental, cada qual com uma equipe específica. No que diz respeito à dimensão infraestrutural do PEDR-VRP, a mesma descreve, quantifica e identifica os pontos fortes e fracos da infraestrutura da Região como um todo, e também os aborda individualmente dentro de cada município. O principal objetivo é determinar os setores para os quais devem ser voltados os investimentos para melhorias em infraestrutura, fazendo com que sejam sanados possíveis deficit existentes. Para tal fim foi realizada a coleta, sistematização e análise de dados secundários, obtidos a partir de órgãos como o IBGE (especialmente com base nos Censos Demográficos dos anos 2000 e 2010), SISAGUA, DATASUS, SNIS, DETRAN, SEPLAN, FEE, dentre outros órgãos possuidores de dados que subsidiam o diagnóstico. Buscou-se utilizar sempre os dados mais recentes. Dentre as categorias dos dados coletados e analisados, pode-se citar: a porcentagem de cobertura do abastecimento de água pela rede geral, bem como a identificação e quantificação de soluções de abastecimento alternativas e individuais; consumo médio e per capita de água; índice de perdas na distribuição de água através da rede geral de abastecimento; cobertura do sistema de esgotamento sanitário; produção e gestão de resíduos sólidos; consumo de energia elétrica; frota de veículos em circulação, bem como a divisão da mesma por categorias de tipos de veículos. Após análise do Plano Estratégico de Desenvolvimento elaborado e, comparando-o com o Plano Estratégico de 2010, é possível verificar que a grande maioria dos resultados obtidos indica um avanço infraestrutural nos municípios do VRP. A porcentagem de cobertura de domicílios abastecidos pela rede geral de água aumentou de 61,86% para 75,45%, assim como a de domicílios ligados à rede de coleta de esgoto, que passou de 6,81% para 37,75%. Em relação aos deficit, os grandes alertas ficam por conta da enorme porcentagem de lixo que não possui uma destinação correta e acaba por ser enterrado ou queimado, cerca de 15,13%. Os índices de perdas de água no sistema de distribuição também são alarmantes em determinados municípios. Um exemplo é Santa Cruz do Sul, que apresenta 57,64% de perdas de água tratada. É possível verificar, também, disparidades entre municípios. Enquanto 98,28% dos domicílios de Santa Cruz do Sul e 93,73% em Mato Leitão possuem coleta de lixo, em Passa Sete este número é de apenas 20,36%. A média estadual na categoria é de 92,08%. Ou seja, enquanto alguns municípios possuem indicadores acima da média do estado, outros encontram-se ainda muito abaixo. Com base nesta análise e, apesar de verificar-se que ainda existem problemas a serem sanados nos municípios, é possível afirmar que a infraestrutura do VRP, em geral, vem recebendo avanços ao longo do tempo.

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