BIBLIOTECA VIVA: A CONTINUIDADE DA RESSIGNIFICAÇÃO DO SENTIDO DE THECA.
Resumo
O Programa de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID-UNISC) tem como propósito proporcionar, aos acadêmicos das licenciaturas, conhecimentos vivenciados dentro do âmbito escolar. Desse modo, usufruímos dessas experiências para ampliarmos nossa visão sobre a educação, nos tornarmos profissionais mais qualificados e com pensamento crítico em relação a nós mesmos no que diz respeito à profissão de educador. Este resumo visa a apresentar as atividades de gestão realizadas na biblioteca da E.E.E.M Santa Cruz, localizada na cidade de Santa Cruz do Sul, por meio do Subprojeto Letras Português, que tiveram início em 2015 e continuam progredindo em 2016. Desde o ano de 2014, o nosso Subprojeto vem atuando com a modalidade de gestão em bibliotecas, o que contribui para o aumento da nossa parceria com as escolas. Com essa possibilidade de gestão, o nosso propósito, enquanto estudantes de Letras, é contribuir para o letramento literário, uma vez que, frequentemente, os professores manifestam preocupação com os alunos que não leem, não escrevem e, por fim, demonstram dificuldades de aprendizagem, sem, entretanto, perceberem a relação existente entre essas questões e o modo como as crianças experimentam o espaço da biblioteca. Essa experiência nos possibilita refletir sobre nossa atuação, enquanto futuros professores de Língua Portuguesa e Literatura, em diferentes perspectivas, sendo uma delas a gestão da biblioteca escolar. Um olhar mais minucioso permite-nos notar como existem obstáculos que dificultam o encontro entre livros e leitores. O apoio da escola no projeto de revitalização da biblioteca foi fundamental. É importante quando a comunidade escolar acolhe a ideia de que o ambiente da biblioteca é parte imprescindível da escola e, por isso, também aspira por vida. A organização e a renovação vão além do espaço físico, não significam apenas uma mudança estética. Há, nas escolas, um sistema mais complexo do que podemos perceber através de um olhar superficial, pois trata-se de uma questão cultural impregnada, uma vez que a escola não percebe a biblioteca como espaço de formação para o letramento pleno. Ela cumpre apenas o papel de guardar livros. A partir do projeto, notamos o quanto a biblioteca passou a fazer parte do cotidiano escolar dos alunos; é perceptível a familiarização dos discentes com o espaço, já que agora eles demonstram saber que ela foi preparada para recebê-los e pensada para eles. Com isso, ocupam e vivenciam o ambiente com propriedade, transformando-o em um espaço de vivências, experienciado em sua totalidade. Quando os integrantes da comunidade escolar reconhecem a importância desse espaço, ele passa a ganhar vida e sentido ao exercer seu verdadeiro papel de aproximar e incentivar a leitura; a escola tem consciência de que a biblioteca é parte do ambiente escolar e, por isso, cuida e se apropria dela. Nós, como mediadores desse processo, pressupomos que seja essencial a continuidade das atividades nas escolas, pois pudemos perceber o comprometimento da escola em que atuamos no que se refere ao projeto. A vivência íntima com o ambiente favorece a nossa prática, torna-a mais atenta e crítica em relação a um espaço que, para ser parte viva da escola, requer envolvimento entre alunos, docentes e livros.
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