A História é uma área do conhecimento caracterizada pela interdisciplinaridade. Seu ensino engloba inúmeras metodologias, ferramentas e recursos no processo de aprendizagem dos alunos. O ensino de história visa a contribuir para a uma formação crítica, participativa e autônoma em relação à sociedade em que o estudante vive. A tarefa do professor, enquanto mediador do conhecimento, é elaborar ferramentas com materiais diversos para o ensino e a aprendizagem, ajustando-as às necessidades dos educandos. Visando oportunizar o envolvimento de todo os alunos, apresentamos um relato de experiência utilizando o jogo do boliche. O principal objetivo da presente comunicação é demonstrar a aplicabilidade de jogo como material pedagógico em uma sala. Durante as aulas da disciplina de História licenciatura, deu-se início ao processo de pesquisa bibliográfica a fim de buscar subsídios para desenvolver a ferramenta pedagógica, tendo como principais referências as reflexões dos seguintes autores: Félix Dias, Miguel Bordas, Nelma Galvão, Theresinha Miranda e Elias Souza dos Santos. Desenvolveu-se o “Jogo de Boliche” para o ensino de História como metodologia de aprendizagem. A atividade pedagógica teve como foco o ensino sobre a “Idade Média”, visando a desenvolver atividades que envolvessem os alunos em conjunto com os demais discentes. O jogo foi aplicado de maneira que possibilitou o desenvolvimento de diferentes potencialidades, envolvendo: motivação, organização, prática e reflexão dos principais conhecimentos adquiridos. A presente prática efetivou-se junto à Escola Estadual de Ensino Fundamental Barão do Triunfo, localizada no interior do município de Rio Pardo, RS, em uma turma de 7º ano do ensino fundamental. O jogo consiste em um momento de verificação do aprendizado. Ele será aplicado da seguinte maneira: a turma será dividida em dois grupos. A colocação dos pinos do boliche serão ao final do comprimento de um TNT, como se fosse uma pista de boliche. Cada pino terá uma ilustração do período abordado, como citado acima, sendo cada pino de uma cor diferente. Assim, quando o aluno arremessar a bola, acertará um pino ou mais; se acertar mais de um, escolherá uma das gravuras. Ao escolher a gravura, o aluno terá de responder a uma das perguntas que estão atrás de uma cartela da mesma cor do pino derrubado. O estudante terá algum tempo para responder. Se responder certo, marca ponto para sua equipe; ao contrário, ele irá para um confessionário, construído de caixa de papelão, até acontecer outro erro durante a revisão das questões. Dessa forma, a referida prática de ensino contribuiu para potencializar o processo de aprendizagem relacionando a teoria com a prática de forma lúdica, visando à aprendizagem satisfatória e despertando a criatividade dos envolvidos. Destaca-se, ainda, o envolvimento do professor para com a pesquisa, buscando, por meio de novas práticas pedagógicas, resgatar valores, formando sujeitos mais reflexivos.