GINCANA DAS PALAVRAS: EXPERIÊNCIA COM MONITORIA NA ESCOLA MENINO DEUS

Sabriny Lopes dos Anjos, Daniela Lucia Erdmann, Elemar Ghisleni, Angela Cogo Fronckowiak

Resumo


Como bolsistas do Subprojeto PIBID/UNISC Letras Português, apresentamos este resumo com o objetivo de expor nossas atividades de monitoria junto aos alunos das turmas de sextos anos, na EMEF Menino Deus. Durante o primeiro semestre de 2016, atuamos em encontros semanais de dois períodos. As atividades têm como horizonte teórico as obras Ler e dizer, compreensão e comunicação do texto escrito (1994), de Elie Bajard, e Aula como acontecimento (2010), do professor João Wanderley Geraldi. O primeiro autor nos mostra que o aprendizado pode estar envolvido em um jogo que se utiliza do corpo como ferramenta para instituir a linguagem. O segundo teórico nos faz refletir sobre questões fundamentais, tais como a relação do conhecimento entre o professor e o aluno, em uma experiência de troca em sala de aula, através da qual podem construir, em conjunto, aprendizagens em que tanto professor quanto aluno são centrais. Na interlocução desses autores, entendemos que a aprendizagem pode-se dar de maneira prazerosa e lúdica, o que contribui para potencializar o desenvolvimento do imaginário, e, ao nos dispormos a essas novas vivências, nos tornamos parte desse grupo. Nesse contexto, propusemos uma gincana em que as tarefas envolviam conteúdos estudados previamente em sala de aula com a professora titular. Escolhemos a gincana para brincar, jogar, exercitar o lúdico e nos apropriarmos das teorias para realizar momentos de aprendizagem com os estudantes de uma maneira divertida e espontânea. O conteúdo estudado durante a aula era transformado em um jogo, relembrando novamente os estudos. Dando início às atividades, separamos cada uma das turmas em três equipes. Nosso foco, inicialmente, foi o trabalho com os pronomes, conforme orientação dada pela professora acerca do conteúdo. As dinâmicas incluíram os pronomes e todas as suas diversidades; estudamos a regra de emprego e colocação de cada um em um determinado contexto frasal e textual; após, partimos para exercícios, com atividades que envolveram diálogos em teatro, mímicas, caça-palavras e forca. Pontuávamos a cada encontro a equipe vencedora. Depois, passamos para o estudo dos verbos; criamos brincadeiras para a identificação de suas terminações, conjugações, variações (em número e pessoa), com aplicações em textos. Nesses momentos, tivemos a oportunidade de refletir sobre o nosso papel de professores como instigadores da criatividade e da imaginação, bem como da importância do uso do lúdico na aprendizagem para estimular o interesse no aprendizado. Foi de grande importância, para nosso auxílio, a convivência e a troca de experiências com a professora titular da turma, com a qual formamos uma equipe e planejamos cada encontro. A monitoria, diferente de outras atuações que temos experienciado junto ao PIBID, nos mostra uma nova percepção, uma nova postura em sala de aula frente aos alunos. Os seres humanos são indivíduos diferentes, com as suas vivências sociais e culturais próprias, portanto, a utilização de materiais didáticos e de práticas pedagógicas fixas, que não contemplem a singularidade de cada aluno, podem não apresentar a eficácia desejada no ensino da linguagem. O que a experiência com as monitorias têm-nos transmitido é que se deve respeitar a peculiaridade individual e usá-la em troca de conhecimentos com todos em sala de aula, além de que é nosso dever atuar como colaboradores e não como ditadores das regras gramaticais da nossa língua.


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