Superman, Batman, Mulher Maravilha... Esses são os nomes de alguns dos muitos heróis que fizeram e ainda fazem parte da história de muitas crianças pelo mundo. Enquanto crianças, dificilmente procuramos refletir sobre quem são os vilões dos quais esses super-heróis tentam nos proteger, e muito menos, os motivos que levariam esses “Supervilões” a ter como objetivo “destruir o mundo”. A única coisa que sabemos, como fãs, como “futuros super-heróis” é que eles são do mal e, portanto, precisam ser detidos. Com base nessas questões, o presente trabalho, que está sendo elaborado na disciplina de Seminário de Pesquisa em História, no curso de História – Licenciatura Plena, na Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC tem por objetivos analisar os episódios da animação Liga da Justiça – Sem Limites, lançados no ano de 2008 e problematizar os mesmos. A partir disso, serão trabalhados os discursos contidos nos episódios selecionados e, a partir disso, buscar práticas metodológicas para utilizar essas animações dentro de sala de aula, como instrumento de construção de conhecimento. Nos roteiros desses episódios, encontramos, além de discursos antiterroristas, conteúdos de História, como o Contexto da Guerra Fria, e também pudemos nos ater no papel das super-heroínas nas animações, no discurso trazido pelos personagens - pelo que eles lutam -, o contexto de medo no qual a animação está inserida, entre outros. A metodologia utilizada para realização do trabalho foi inicialmente a análise das animações, em que os 39 (trinta e nove) episódios da animação foram assistidos e fichados e, posteriormente, 10 (dez) foram selecionados para a continuação da pesquisa, já que os mesmos trazem, de maneira mais profunda que os demais, o discurso do medo inserido no seu roteiro. A partir de uma análise aprofundada, percebemos que não apenas as animações escolhidas para serem trabalhadas no presente trabalho, mas as animações em geral, trazem em seus roteiros fortes discursos políticos e sociais, nos quais podemos observar traços de nossa sociedade e, inclusive, reivindicações sociais dentro de seus discursos. Por exemplo, na Liga da Justiça – Sem Limites estamos em pleno pós-atentado às Torres Gêmeas, ocorridos no ano de 2001. Com isso, podemos, além de compreender o contexto no qual os autores dessas animações estão inseridos, também transformar essas animações em um instrumento para construção do conhecimento de nossos alunos na sala de aula, provocando-os a observarem esse discurso e os papéis dos personagens neste meio.