Este artigo tem por finalidade analisar o segmento do Turismo LGBT no Brasil, a partir de destinos denominados cidades gay-friendly, como São Paulo, Lagoinha, Porto Seguro, Salvador, Florianópolis, Rio de Janeiro e Recife. Estas cidades, mesmo apostando no mercado do turismo associado à causa gay, especializando-se no atendimento a um nicho altamente rentável, requerem ampliar a visão de hospitalidade e, especificamente, da importância para o mercado do turismo como fator de geração de riquezas. Sob este viés, empreende-se na identificação dos maiores entraves para ampliar de mercado para o segmento de turismo LGBT relacionado à cultura brasileira e a compreensão sobre as políticas de diversidade. Para tanto, nesta pesquisa, analisam-se os tipos de serviços e pacotes oferecidos para os turistas LBGT e se identificam os destinos brasileiros mais visitados no Brasil, bem como roteiros gay-friendly. Tais objetivos sugerem a compreensão do que pode ser feito para que o Brasil se torne um destino gay-friendly. Para tanto, a presente pesquisa, quanto aos objetivos, é exploratória e descritiva e, quanto aos procedimentos técnicos, é estudo de caso, bibliográfica e documental. Quanto à abordagem do problema, é quantitativa e qualitativa e, quanto ao método do trabalho, é dedutivo. A pesquisa bibliográfica se baseou nos sistemas de turismo, focado essencialmente no subsistema econômico/cultural da oferta turística, conforme conceitos abordados por Beni (2008), Panosso (2014) e Foster (1992); segmentos do turismo; segmento LGBT; oferta de produtos turísticos e mercado do turismo por Macedo (2016). Através deste trabalho, foi possível avaliar que o Brasil possui grande infraestrutura de atrativos para a demanda ofertada. Todavia, para realizar uma promoção eficiente, os órgãos oficiais de turismo, empresas privadas e seus colaboradores ainda requerem mais informações e aculturação com a causa gay, principalmente para compreender e atender aos preceitos do marketing turístico com foco gay-friendly. Entre os aspectos que mais se destacam para preparação de um destino gay-friendly, é a formação de mão de obra, que não se limita no preparo técnico e profissional, mas incide sobre a sensibilização de colaboradores para evitar o preconceito e a discriminação contra homossexuais. Desta forma, evita-se que os próprios colaboradores não prejudiquem apenas a empresa, mas também a imagem do destino e, consequentemente, do Brasil como um destino gay & lesbian friendly.

Palavras-chave: Turismo LGBT, Oferta Turística, Sistemas do Turismo, Mercado Turístico, Hospitalidade.