O projeto Baja SAE é administrado pela sociedade de engenheiros da mobilidade e abrange, em nível mundial, milhares de universidades. Este projeto consiste em desafiar os estudantes em diversas áreas da engenharia, tanto no projeto mecânico quando no projeto de gestão, propondo um projeto de criação de um veículo off-road que seja capaz de suportar uma diversidade de provas e obstáculos, mantendo-se competitivo a todo momento, utilizando apenas ferramentas de engenharia e seguindo um restrito regulamento. Um dos sistemas que está diretamente ligado em manter o veículo em funcionamento e em movimento é o sistema de powertrain. Nele se encontra a CVT (Continuously variable transmission), ou transmissão continuamente variável, responsável por transmitir a rotação e o torque gerado por um motor a combustão para a transmissão e consequentemente para as rodas através de uma correia que conecta duas polias que variam seu diâmetro de acordo com uma determinada rotação. Devido ao limitado período disponível para projeto e construção do veículo, algumas fazes de teste acabam sendo indesejavelmente dispensadas, ocasionando imprevistos que poderiam ser evitados e corrigidos, sem atrapalhar o desempenho final do protótipo. Entre os testes que foram descartados, foi o teste de relação versus rotação da CVT, essencial para dimensionar e calcular as relações de marchas necessária para atingir a velocidade e aceleração máxima previamente objetivada. Visando solucionar este problema, viu-se necessária a criação de uma bancada para testes que não fosse dependente de outras áreas do projeto, na qual o sistema poderia ser testado individualmente em qualquer momento em conjunto com a construção do protótipo. A primeira etapa para a criação deste projeto, consistiu na realização de uma aquisição de dados referente à necessidade de teste a serem realizados no sistema, em outras palavras, uma justificativa de construção. Após a definição das necessidades, um escopo conceitual foi desenvolvido em um software 3D de engenharia, nele foram adicionados todos os componentes pertinentes ao projeto previamente modelados, mas visando a uma construção modular, independente e compacta. Os componentes mecânicos envolvidos na bancada foram cuidadosamente pensados no reaproveitamento de sobras de materiais não utilizados contido nos laboratórios do projeto na UNISC. Com o projeto conceitual definido e as montagens tridimensionais concluídas e revisadas, o projeto migrou para a fase de criação de desenhos técnicos e preparação da matéria-prima. Tendo esta etapa concluída, iniciou-se a construção da bancada, sendo realizada pelos próprios alunos do projeto e utilizando-se de materiais e infraestrutura da própria universidade. Com a construção finalizada, o sensoriamento começou a ser posicionado e os testes já podem ser realizados. Os testes consistem em medir a rotação das duas polias da CVT em uma determinada rotação do motor, dividir a rotação de maior valor pelo menor valor e analisar a relação final e tempo necessários para chegar à relação máxima. Neste momento os testes estão em andamento a ainda não foi possível obter nenhum resultado.