ANÁLISE TEÓRICA E EXPERIMENTAL DE LAJES TRELIÇADAS

Paola Barbieri, Christian Donin

Resumo


Atualmente, as empresas investem em novas técnicas com a finalidade de reduzir materiais e mão-de-obra e, consequentemente, os custos que envolvam a construção civil. Isso torna fundamental um estudo detalhado da estrutura a ser utilizada e do seu comportamento, de modo mais eficiente e seguro. Lajes pré-fabricadas treliçadas são formadas por vigotas pré-fabricadas, compostas por armaduras treliçadas sobre uma base de concreto e um elemento inerte de enchimento entre as vigotas, o qual normalmente é composto por bloco cerâmico ou EPS (isopor), além de uma capa de concreto moldada na obra. O presente trabalho tem por objetivo estudar os modelos de lajes, bem como o modelo de lajes treliçadas com seus devidos métodos de cálculo; projetar um protótipo de nervura com o objetivo de analisar os carregamentos e momentos suportados, realizando uma análise teórica e experimental das nervuras; construir quatro exemplares de protótipos para teste experimental; comparar os resultados dos momentos suportados pelas nervuras, com os previstos pelo método de cálculo recomendado pela NBR 6118:2014, também os deslocamentos previstos, podendo assim contribuir para o desenvolvimento de projetos de lajes formadas por vigotas. Neste trabalho realizou-se o estudo experimental de lajes pré-fabricadas treliçadas, através da definição do modelo e execução do protótipo do mesmo, com finalidade de verificar a carga suportada pela laje até a sua ruptura, assim como o deslocamento das nervuras que compõem as lajes. Portanto, foram realizados ensaios em quatro nervuras formadas por um conjunto vigotas treliçadas, capa de compressão em concreto e duas laterais com EPS utilizado como elemento de enchimento, onde a aplicação de carga do ensaio foi por meio de dois pontos e sobre dois apoios móveis horizontalmente, a fim de evitar a introdução de forças horizontais. Sendo possível, ao final do estudo, apresentar conclusões sobre a precisão e confiabilidade dos modelos de cálculo comparados ao comportamento real deste componente estrutural. Com base nos estudos realizados, considerando que os valores dos momentos experimentais foram de 114,55% a 123,11% superiores ao momento de cálculo, pode-se concluir que os modelos de cálculo empregados, utilizando parâmetros conforme especificado pela norma brasileira, apresentam resultados conservadores. Pode-se concluir ainda que os modelos de cálculo e parâmetros definidos na NBR 6118:2014 apresentam resultados de deslocamentos verticais, ou seja, de flechas para as lajes inferiores aos encontrados experimentalmente.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.