ASSOCIAÇÃO ENTRE MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS E PRESSÓRICAS EM TRABALHADORES DE UM HOSPITAL DO RIO GRANDE DO SUL

Autores

  • Leandro Tibiriçá Burgos UNISC
  • Miria Suzana Burgos UNISC

Resumo

As doenças crônicas não transmissíveis estão cada dia mais em evidência na população mundial por diversos fatores de risco. A obesidade e a hipertensão são as mais preocupantes neste cenário. As medidas antropométricas e pressóricas apresentam estimativas coerentes, de fácil execução e de baixo custo, para verificação de patologias que podem estar relacionadas à hipertensão e fatores de risco. Objetivo: O presente estudo objetiva verificar se existe associação entre medidas antropométricas e pressóricas em trabalhadores de um hospital do Rio Grande do Sul. Método: estudo transversal, em que foram avaliados 393 trabalhadores, de diversos setores (Administrativo, Enfermagem, Medicina, Higienização, Manutenção,Cozinha, Centro diagnóstico, Farmácia, Nutrição, Fisioterapia, Serviço Social, Psicologia), sendo do sexo feminino, 340 (86,5%), e 53 (13,5%), do sexo masculino, com idade média de 33,8 anos. A maioria dos trabalhadores são dos setores que envolvem as áreas de Enfermagem e Medicina (39,1%). A avaliação constitui de medidas antropométricas, índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC), relação cintura-quadril (RCQ) e pressão arterial. Os dados foram analisados no software SPSS v. 23.0 (IBM, Armonk, EUA). A caracterização dos sujeitos foi realizada por meio da frequência absoluta e relativa. A idade foi descrita em média e desvio-padrão. A correlação de Pearson foi utilizada para testar a associação entre as variáveis antropométricas e pressóricas, de forma continua, com ajuste para sexo e idade. Para variáveis categóricas, foi aplicado o teste de qui-quadrado. Foi adotado um p<0,05 para as diferenças significativas. Resultados: Da amostra, 38,2% de pessoas que apresentaram a pressão arterial sistólica (PAS) alterada, também apresentam obesidade, conforme a classificação do IMC e 43,2% com pressão arterial diastólica (PAD) alterada também eram obesas. Relacionaram-se também os resultados da circunferência da cintura (CC) aumentada, com níveis pressóricos, sendo que as pessoas com circunferência aumentada representam 63,4% do total de pessoas com a pressão arterial sistólica alterada e 66,2% de pessoas com pressão diastólica alterada. Para as variáveis numéricas, observou-se, também, correlação fraca (r<0,4), direta e significativa (p<0,001) entre IMC e CC com PAS e PAD. Conclusão: Associou-se, significativamente, a presença de sobrepeso e obesidade, na avaliação do IMC, bem como com CC aumentada com a pressão arterial alterada. O RCQ não teve uma associação significativa com a pressão arterial no estudo.

Biografia do Autor

  • Leandro Tibiriçá Burgos, UNISC
    UNISC
  • Miria Suzana Burgos, UNISC
    UNISC

Publicado

2017-10-10

Edição

Seção

Ciências Biológicas e da Saúde