A atenção primária à saúde tem como uma de suas diretrizes estimular a participação dos usuários como forma de ampliar sua autonomia e capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do território, no enfrentamento dos determinantes e condicionantes de saúde, na organização e orientação dos serviços de saúde a partir de lógicas mais centradas no usuário e no exercício do controle social (PNAB 2012). Empoderar o usuário, fazer com que ele possa ser o próprio agente de promoção de saúde e prevenção de doenças é uma das ações mais importantes da atenção básica em saúde. Aliado a essa necessidade de educação em saúde, este resumo tem como objetivo apresentar a experiência realizada pelo grupo de acadêmicos do PET-Saúde GraduaSUS Centro Materno Infantil (CEMAI) 2016/2018 na organização da oficina ”Hora do cuidado”, uma oficina de puericultura com o objetivo de apoiar e acompanhar a saúde das crianças que recebem fórmulas infantis e/ou realizam acompanhamento no ambulatório de risco, esclarecer dúvidas referentes aos cuidados diários com os bebês, fortalecer vínculo entre pais e filhos, através de assuntos relacionados à saúde do binômio mãe e bebê, melhorando assim as relações familiares. Desde 1984 o Ministério da Saúde preconiza a puericultura como ação básica no atendimento a criança. Esta deve acompanhar o crescimento e desenvolvimento infantil; promover o aleitamento materno e orientar a alimentação para o desmame; prevenção e controle das doenças diarreicas; prevenção e controle das infecções respiratórias agudas; e imunização (BRASIL,2012). Visto a importância da puericultura no desenvolvimento da criança e na redução das taxas de mortalidade, a oficina elaborada pelo grupo de acadêmicos busca complementar as práticas de educação em saúde. As oficinas são realizadas mensalmente na unidade de saúde CEMAI, com bebês e as mães em geral, incluindo as que recebem fórmula infantil, através do programa Bem Me Quer. Até a presente data, foram realizadas oficinas de higiene corporal, principais acidentes nos dois primeiros anos de vida, introdução alimentar e medidas não farmacológicas para controle da dor. As oficinas buscam abordar as diretrizes elencadas pelo Ministério da Saúde e os aspectos pós-natais e assim fortalecer o vínculo e a relação do cuidado entre mães e filhos, oportunizando conhecimento adequado em relação ao cuidado, desenvolvimento e crescimento do bebê e apropriando-as dos saberes baseados em evidências. A oportunidade de organizar, estruturar, coordenar e desenvolver as oficinas, possibilita aos acadêmicos o desenvolvimento de práticas extramuros de grande valia para a formação acadêmica. São momentos de troca de saberes, esclarecimentos de dúvidas, além da importante integração e vínculo com a equipe de profissionais de diferentes formações na área saúde da unidade.