FISIOTERAPIA E SAÚDE DO ESCOLAR: EXPERIÊNCIA NO CAMPO DA SAÚDE COLETIVA
Resumo
Introdução: A partir da reorientação das políticas públicas de saúde no Brasil, com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), novos modelos de atenção à saúde foram implantados. Consequentemente, ampliou-se o campo de atuação do fisioterapeuta, com a inserção desse profissional em atividades de promoção à saúde e prevenção de doenças, incluindo a vigilância epidemiológica. Dentro desse contexto, a avaliação de escolares proporciona a identificação de fatores de risco, possibilitando o acompanhamento da população infanto-juvenil e o planejamento de ações preventivas. Objetivo: Descrever a participação de estagiários do curso de Fisioterapia no Programa de Saúde na Escola, através do Estágio Supervisionado em Fisioterapia na Saúde Coletiva I. Método: Trata-se de relato de experiência. Em 2016/2, durante o Estágio Supervisionado em Fisioterapia na Saúde Coletiva I, do curso de Fisioterapia, da Universidade de Santa Cruz do Sul, realizamos atividades na Estratégia de Saúde da Família (ESF) Cristal/Harmonia. Por intermédio das agentes comunitários(as) de saúde (ACS), nos inserimos em atividades na escola do mesmo território com o intuito de realizar um levantamento de dados conforme o Programa Saúde na Escola. Essas ocorriam uma vez por semana, no turno da manhã, em horários combinados com a direção da escola e realizadas em espaço cedidos pela mesma. A coleta era conduzida pelos estagiários do curso de Fisioterapia e eventualmente havia a participação de acadêmicos do curso de Enfermagem. Era feito o contato com o professor responsável naquele período e o mesmo encaminhava dois alunos por vez para a sala de avaliação. Foram avaliados alunos do 5º ao 8º ano do ensino fundamental. As informações obtidas foram nome, idade (anos), peso (kg), estatura (m), circunferência de cintura e quadril (cm), teste de sentar e alcançar (cm), pressão arterial sistólica e diastólica (mmHg). Os dados foram tabulados em planilhas eletrônicas e ao final do semestre foram entregues à supervisora e aos acadêmicos do curso de Enfermagem, os quais inseriram no sistema de registro. Resultados: O contato estabelecido com a equipe da ESF nos possibilitou a aproximação com a direção da escola, a qual foi receptiva e colaborativa, disponibilizando as condições adequadas de espaço físico e logística para que ocorressem as coletas. Já o contato com a população infanto-juvenil nos proporcionou desenvolver habilidades para o manejo de indivíduos desta faixa etária, sendo perceptível a curiosidade e o interesse dos escolares nas atividades executadas pelos estagiários. Ademais, percebemos o estabelecimento do vínculo dos acadêmicos e supervisor do curso de Fisioterapia com a enfermagem, a equipe da ESF, em especial ACS, com os funcionários administrativos da escola e os professores. A participação nas coletas de dados ampliou o conhecimento do campo de atuação do fisioterapeuta, trazendo a importância da atuação em novos modelos de atenção à saúde, alinhados com os princípios do SUS. Conclusões: Em decorrência desta experiência, fica evidente a importância do fisioterapeuta em atividades intersetoriais e multiprofissionais no campo da saúde coletiva. Ainda, ampliam o conhecimento e estimulam a articulação entre profissionais na fase de formação.
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