HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM FUNCIONÁRIOS DE UMA UNIVERSIDADE DO INTERIOR DO RIO GRANDE DO SUL
Resumo
Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos = 140 e/ou 90 mmHg. Geralmente está associada a distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo, sendo agravada pela presença de outros fatores de risco. Segundo estudo realizado no ano de 2015, no Brasil, a HAS atinge 32,5% (36 milhões) de indivíduos adultos, mais de 60% dos idosos, contribuindo direta ou indiretamente para 50% das mortes por doença cardiovascular. As graves consequências dessa condição clínica podem ser evitadas, desde que os hipertensos conheçam sua condição e mantenham-se em tratamento com adequado controle dos níveis pressóricos. Nesse sentido, o objetivo do estudo foi conscientizar a comunidade acadêmica, especialmente os funcionários da universidade, durante o Dia Mundial de Combate à Hipertensão Arterial, sobre os riscos desta doença e os benefícios da atividade física como estratégia de prevenção. Para tanto, os integrantes do projeto Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional (Pró-Saúde) envolveram-se na elaboração de um fôlder abordando sintomatologia, o que é “ser hipertenso”, como proceder após o diagnóstico, fatores de risco e temperos naturais que substituem o sal, elaboraram um questionário com intuito de buscar informações sobre idade, gênero, pressão arterial, tempo de atividade no setor, conhecimento do Programa Qualidade de Vida (ASAS) oferecido gratuitamente pela instituição, diagnóstico de HAS, utilização de medicação para controle da HAS, acompanhamento médico, casos de hipertensão arterial sistêmica na família e prática de atividade física. Estes dados foram coletados a partir do questionário autoaplicável associado à verificação dos níveis pressóricos dos funcionários da instituição no mês de abril de 2017. Obteve-se uma amostra de 186 funcionários de 37 setores da Universidade de Santa Cruz do Sul, sendo mais prevalente o sexo feminino compondo 75,8% dos entrevistados. Do total de participantes, 20,4% possuem diagnóstico para HAS e 17,2% fazem uso de medicamento para seu controle e 45,2% relataram fazer acompanhamento médico. O tempo médio de atividade no setor foi de 8,9 anos variando de 1 a 36 anos. Em relação à realização de atividades físicas, 51,6% admitem fazer alguma atividade física e 83,3% conhecem o programa ASAS oferecido pela instituição, sendo que 66,7% destes já utilizaram o mesmo. O estudo realizado foi capaz de estimar que a percentagem de funcionários da Universidade com HAS é menor que a média nacional, e esses permanecem como funcionários da instituição acima do tempo estimado para o trabalhador brasileiro que é de pouco mais de três anos. Além disso, desses que possuem diagnóstico, boa parte faz acompanhamento com seu médico regularmente e muitos utilizam ou já utilizaram o programa ASAS retificando o compromisso da instituição com seus trabalhadores.
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