A MEDICALIZAÇÃO NA INFÂNCIA: DESENVOLVIMENTO DE TRABALHO PARA EDUCAÇÃO DE PROFESSORES CONTRA O USO ABUSIVO DE MEDICAMENTOS

Taila Francieli da Silva, Bianca de Souza, Luciana Carvalho Fernandes

Resumo


O projeto de extensão “Uso racional de medicamentos: comunicação e educação em saúde na comunidade” é um projeto desenvolvido para fazer com que a população do município de Lajeado - RS conscientize-se sobre a utilização racional de medicamentos, realizando ações para promoção de relação dialógica sobre as temáticas da medicalização e descarte adequado de medicamentos, em desuso ou vencidos, e suas relações com educação e saúde. Neste projeto, trabalham-se também aspectos importantes, como a irracionalidade no uso de medicamentos durante a infância, visto que, o consumo de medicamentos nessa fase da vida tem apresentado aumento significante nos últimos dez anos, fazendo com que o Brasil se tornasse o segundo mercado mundial de consumo de metilfenidato (Ritalina®), medicamento utilizado para o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) (BRASIL, 2015). Dessa forma, surgiu a proposta, a partir de uma demanda do curso de Pedagogia, de proporcionar aos futuros educadores um momento de reflexão sobre a temática da medicalização na infância, conhecendo as dificuldades encontradas por eles na demanda vivenciada e principais dúvidas. O objetivo deste trabalho é o desenvolvimento de estratégias para promoção da racionalidade, que, pautados nesse propósito, percebe-se que os gestores do ensino, em sua maioria, almejam atender estes aspectos, mas, em muitas situações sentem-se desprovidos de conhecimentos na área da saúde. A metodologia adotada foi a realização de um encontro com o público-alvo, com o uso de estratégias para evidenciar de forma prática os riscos a curto e longo prazo da medicalização durante a infância. Na forma de oficina, foi proposta uma interação com os alunos de forma midiática, transmitindo também informações sobre cuidados em saúde no geral. Também foi realizada troca de informações e de experiências, tampouco também ocorreu a divulgação do projeto e a relevância do descarte de medicamentos corretamente. Os principais resultados foram os efeitos de conscientização da problemática, refletindo nos contextos vivenciados no local de trabalho destes educadores e a conscientização do uso abusivo de medicamentos. A partir da vivência, foi possível observar a falta de informação dos alunos sobre medicamentos e, além disso, percebeu-se que, devido à falta de contado com o profissional farmacêutico, acarreta-se perda de grandes e importantíssimas informações sobre uso racional de medicamentos, sendo de suma relevância uma parceria com profissionais da saúde e demais profissionais da área de ensino.

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