A formação radicular em pacientes jovens é denominada rizogênese e está diretamente vinculada à presença da vitalidade pulpar. Quando ocorre a morte da polpa, seja por fatores biológicos, físicos ou químicos a formação da raiz é interrompida, acarretando em deficiências como proporção da coroa/raiz, fragilidade e espessura das paredes dentinárias e comprometimento da sustentação dental. Nesses casos, o tratamento endodôntico torna-se dificultado em virtude do canal apresentar-se amplo, as paredes finas e divergentes para apical, resultando em um forame com diâmetro amplo. Até recentemente a principal indicação para dentes com necrose pulpar e rizogênese incompleta era o tratamento endodôntico convencional, através da técnica que emprega o Hidróxido de Cálcio como medicação intracanal, para o estímulo à formação de barreira dentinária apical e anteparo para o material obturador na porção apical dos canais radiculares. A técnica vem sendo questionada desde que os estudos mostraram que ação alcalina do hidróxido de cálcio por longos períodos no interior dos canais, enfraquece as paredes dentinárias. A revascularização pulpar vem sendo apontada como alternativa viável diante dessas situações, pois promove o fechamento apical através do término do desenvolvimento radicular. Ela se baseia nos princípios da desinfecção dos canais radiculares e na indução de sangramento na região periapical. O sangramento irá preencher o canal com coágulo sanguíneo e células-tronco, induzindo assim a formação de um novo tecido. As células-tronco presentes no ligamento periodontal são estimuladas através da sobreinstrumentação do canal radicular e se diferenciam em cementoblastos, depositando tecido mineralizado nas paredes dentinárias. Isso ocorre através do uso de biomateriais à base de silicato de cálcio, com excelente biocompatibilidade, capacidade de vedação e propriedades e capazes de estimular o reparo. Este trabalho tem por objetivo investigar e comparar as vantagens da técnica da revascularização pulpar em dentes com polpa morta e rizogênese incompleta, usando Agregado trióxido de mineral (MTA) e Biodentine®. O delineamento da investigação utilizou artigos publicados nos últimos cinco anos em bases de dados confiáveis: Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível (CAPES), utilizando palavras-chave, como revascularização pulpar, biomateriais e rizogênese incompleta. Estudos comparativos demonstraram a eficácia do Biodentine® que vem demonstrando uma proliferação celular significativamente mais rápida que o MTA. Quando os dois materiais são expostos ao meio ácido, ocorreu aumento no número de células-tronco da polpa dental de forma semelhante. A revascularização pulpar como terapia para dentes com mortificação pulpar e rizogênese incompleta é uma realidade que beneficia a estrutura dental e deverá ser cada vez mais empregada.