A PULPOTOMIA NAS DISCIPLINAS E ESTÁGIOS CLÍNICOS DO CURSO DE ODONTOLOGIA DA UNISC – IMPORTÂNCIA DO PROJETO DE EXTENSÃO NA DIFUSÃO DO CONHECIMENTO

Tainá Tolotti, Gabriela Guerra, Vinicios Fochesato, Gabriela Benini, Magda de Sousa Reis

Resumo


A pulpotomia baseia-se em uma técnica endodôntica conservadora da vitalidade pulpar, que consiste na remoção de toda a polpa coronária ao nível dos orifícios radiculares, quando exposta por lesão de cárie ou traumatismo alvéolo-dentário. Essa técnica muitas vezes não é um tratamento de escolha dentro das disciplinas e estágios clínicos do Curso de Odontologia da UNISC, uma vez que, quando o órgão pulpar é atingido, a conduta clínica a ser tomada, na maioria dos casos, é o tratamento endodôntico radical. O Projeto de Promoção e Prevenção em Endodontia tem como objetivo desenvolver ações que visam à realização de tratamentos conservadores da polpa dental em pacientes jovens. Assim, a realização da técnica de pulpotomia, como tratamento preventivo, no sentido de preservar a vitalidade pulpar, assegura a normalidade das atividades funcionais da polpa, ou seja, formação de dentina que se forma durante toda a vida, reações de defesa, nutrição e conservação. Objetiva-se estimular o emprego da pulpotomia para manter a vitalidade pulpar do órgão dentário atingido, contribuindo para a redução das taxas de extrações dentárias, restabelecendo a saúde bucal do paciente. Para a realização do trabalho, utilizou-se casos clínicos de pulpotomias desenvolvidas por estudantes (bolsistas de extensão ou não) em atividades do Projeto Promoção e Prevenção em Endodontia e Estágios Supervisionados que ocorrem nas Clínicas de Odontologia da UNISC e Pró-Saúde. Houve discussão sobre os motivos do pouco emprego da pulpotomia como técnica de tratamento conservador durante as atividades Clínicas curriculares (disciplinas e estágios). A realização de procedimento conservador quando bem indicado tem aspectos muito positivos para a saúde do paciente e minimiza o stress e a necessidade de inúmeras intervenções decorrentes de um tratamento endodôntico radical. Para efetivar uma pulpotomia, as condições satisfatórias relacionadas ao aspecto clínico e visual da polpa superam uma definição diagnóstica baseada na associação de dados subjetivos. A polpa dental deve apresentar coloração vermelho vivo, consistência durante seu corte e capacidade de hemostasia do sangramento gerado no ato operatório. Além disso, o dente deve ter paredes que possibilitem uma restauração adequada. Essas informações são importantes e precisam ser de domínio teórico e prático para que a técnica da pulpotomia possa ser uma opção de tratamento ao longo da formação acadêmica. Assim como em outros procedimentos endodônticos, o acompanhamento é fundamental para avaliar as condições de saúde do dente e seus tecidos de sustentação. Bons resultados podem demonstrar a manutenção da vitalidade pulpar, evitando ou postergando a necessidade de tratamento endodôntico radical. Avalia-se que a difusão do conhecimento e prática na realização dos tratamentos conservadores através dos projetos de extensão estão garantindo a possibilidade da ampliação do emprego da técnica de pulpotomia, aumentando o seu tempo inserido no processo alveolar, prorrogando um sobre tratamento (endodontia, fratura, extração, implante). Além disso, certifica-se que é válida a tentativa de tal procedimento definitivo, visto que os resultados superam a expectativa de muitos autores.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.