PREVALÊNCIA DA PRÁTICA DA AMAMENTAÇÃO EXCLUSIVA ATÉ OS SEIS MESES DE VIDA POR CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM EXCESSO DE PESO ATENDIDOS NUM AMBULATÓRIO MULTIPROFISSIONAL.

Tiago da Silva Martins, Luana Y Castro, Marilia Dornelles Bastos, Francisca Assmann Wichmann, Fabiana Assmann Poll

Resumo


O ato de amamentar é um processo fisiológico do ser humano. Além de dar boa nutrição ao bebê, promove a recuperação da saúde da mulher após o parto e estabelece vínculo afetivo entre mãe e filho. É composto de nutrientes, substâncias imunoativas e livre de contaminação. O leite humano é de fácil acesso à criança, não interfere na situação socioeconômica da família, além de ser muito mais adequado ao seu desenvolvimento. Segundo o Ministério da Saúde, a amamentação deve ser exclusiva até o sexto mês de vida, após este período pode ser feita a introdução de alimentos adequados e a manutenção do aleitamento materno de forma complementar até os dois anos. Em pesquisa realizada nas Capitais Brasileiras e Distrito Federal, com 17.945 crianças menores de 6 meses, obteve-se o índice de 41% em amamentação exclusiva. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também destaca que não há vantagens em introduzir alimentos precocemente, podendo ainda trazer prejuízos à criança, como menor absorção de importantes nutrientes como o ferro e o zinco, encontrados no leite. Entretanto, por diversos fatores, a prática da amamentação está muito abaixo do que se espera, o que pode ocasionar inúmeros problemas à saúde futuros, como distúrbios respiratórios, diarreia e infecções. Nesse sentido, objetiva-se detectar a presença da prática da amamentação exclusiva até os seis meses de vida em crianças com excesso de peso, atendidas em um ambulatório multiprofissional. Esta pesquisa é transversal de natureza quantitativa, realizada no ambulatório Vida Leve, por alunos e professores dos cursos de Medicina e Nutrição, que atende crianças e adolescentes com excesso de peso, e faz parte do projeto de extensão “Promoção de modos de vida saudáveis nas doenças crônicas não transmissíveis e obesidade: da infância ao envelhecimento humano”, vinculado à Universidade de Santa Cruz do Sul. Foram analisados descritivamente os dados coletados no primeiro atendimento dos pacientes, no período de 2015 a 2017, quanto a presença e duração do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida da criança. A amostra foi constituída de 83 pacientes, com idade média de 8 ± 3,64 anos. Dentre eles, 47,83% foram amamentados exclusivamente até o sexto mês de vida, 14,83% até os três meses, 7,21% até o primeiro ano, 1,2% passaram de um ano e 19,27% não souberam informar. Com o presente trabalho, conclui-se que boa parte dos pacientes atendidos no ambulatório foi amamentada exclusivamente até os seis meses de vida. Esse fato pode representar um fator protetor para essas crianças, que já apresentam um risco adicional para a saúde que é o excesso de peso. O leite materno é de extrema importância para a saúde da criança, para seu desenvolvimento cognitivo e psicomotor.

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