CONHECIMENTOS SEM FRONTEIRA: A ÓTICA DOS BOLSISTAS DO “RUMOS” SOBRE A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Franciene Senna Dias, Marianne Louzada Machado, Nattany Pires dos Santos, Cassia Andrada de Paula, Juliane Pedroso

Resumo


O Projeto de Extensão Rumos para a Educação Superior e Integração ao Mercado de Trabalho foi criado em 2013 pelo Programa Unisc-Escola em parceria com setores, alunos e professores da UNISC. O projeto tem como objetivo principal aproximar a Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) dos estudantes do Ensino Médio das escolas públicas da região que estejam em situação de vulnerabilidade social e que contemplem o perfil para ingressar no Ensino Superior via bolsas de estudo do Programa Universidade para Todos (ProUni). Ao longo de sua trajetória, sempre contou com uma equipe multidisciplinar de bolsistas, dos mais diferentes cursos de graduação, para auxiliar tanto no planejamento como na execução de suas atividades. Ao refletir sobre qual o papel que a extensão vem desempenhando para a formação acadêmica, este estudo visa trazer a percepção dos bolsistas do projeto Rumos acerca da experiência enquanto bolsistas de extensão, bem como discorrer sobre essa prática proporcionada pela universidade que, muitas vezes, não chega ao alcance de grande parte dos acadêmicos. Trata-se de um estudo descritivo sobre a vivência extensionista particular às bolsistas dos cursos de Psicologia e Relações Públicas, visando trazer os diferentes pontos de vista a respeito da temática e sobre as impressões obtidas ao longo de tal experiência para a formação acadêmica, vislumbrando, o futuro profissional. Por ser o “Rumos” um projeto que permite o experienciar acadêmico, para além dos muros da universidade, proporcionando o contato direto com diferentes realidades e contextos sociais e estando  intimamente ligado à construção de projetos de vida dentro das escolas,  desafia o bolsista a elaborar atividades condizentes às demandas, a partir do trabalho em equipe,  proporcionando a participação em diferentes atividades institucionais. Nesse sentido, percebe-se a relevância dessa aprendizagem para a formação, evidenciando-se um processo que traz mais autonomia e abre espaço para que o  estudante universitário possa estar melhor instrumentalizado ao ingressar no mercado de trabalho, apto a trabalhar com as mais diversas realidades sociais. É importante lembrar que a extensão universitária, neste trabalho, é vista como uma forma possível de produção de conhecimento, tanto pessoal como profissional, sendo, portanto, fundamental contextualizá-la não somente a partir de uma perspectiva teórica, como também através de sua contribuição no que tange a experiência discente. Com seu caráter desafiador, propõe constantes provocações ao modo de produzir conhecimento, incentivando novas formas e estratégias de enfrentamento dos temas sociais. Vivenciar a prática extensionista culmina em constantes questionamentos, desacomodações e reflexões acerca do processo de formação de quem dela participa. À vista disso, trata-se também de uma forma de busca de conhecimento não-passiva, não contemplada como atividade obrigatória na grade curricular. Discorrer sobre este tema é uma experiência que nos desafia, enquanto sujeitos, a ir ao encontro de algo até então desconhecido, estabelecendo a conexão entre o ensino (teoria) e a extensão (como prática) e a partir disso produzir novos sentidos para a profissão.

Palavras-chave: Vivência extensionista. Escolares. Formação acadêmica.


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