UM OLHAR SOBRE A SÍNDROME DO PÂNICO

Stephani de Lima, Dulce Grasel Zacharias

Resumo


A Síndrome do Pânico é um tipo de transtorno de ansiedade no qual ocorrem crises inesperadas de medo intenso e sensação de que algo ruim irá acontecer, mesmo se não houver perigo iminente. Sua origem é multifatorial, incluindo fatores genéticos, biológicos, cognitivo comportamentais e psicossociais que contribuem para o aparecimento de sintomas de ansiedade, com manifestações variáveis durante toda a vida do sujeito. A síndrome do pânico pode surgir depois de uma situação traumática, como por exemplo um assalto ou acidente, mas também pode vir de memórias antigas ou predisposição genética. Tratando-se de uma patologia muito significativa, estudos prévios têm associado experiências traumáticas na infância ao desenvolvimento deste transtorno na idade adulta, em razão disto, este transtorno exige atenção, compreensão e um olhar acolhedor. Contudo, a presença e o apoio da família no enfrentamento deste quadro são de suma importância para aquele que sofre, visto que a Síndrome do Pânico incita mudanças no cotidiano do indivíduo e da família. Em um grupo familiar existem vários modos de interação entre os seus membros, no qual surgem alianças, regras, crenças, segredos, fronteiras com distanciamento ou excessiva interferência de um na vida do outro, sempre na busca de manter a homeostase, sendo significativo ressaltar que estes relacionamentos podem provocar sintomas em todos os membros envolvidos, uma vez que os sintomas de um membro não refletem apenas no relacionamento dessa pessoa com os outros, mudando o funcionamento saudável da família como um todo. Sem o apoio da família e o aconchego por ela proporcionado, o paciente pode ter seu processo de melhora prejudicado. A família deve encorajar o indivíduo a procurar ajuda de um profissional, e acreditar no potencial de melhora dele. O encorajamento vindo por parte da família no momento da crise também conforta o sujeito, podendo aliviar um pouco seus sintomas. O presente trabalho originou-se da experiência de estágio em Psicologia no Serviço Integrado de Saúde – SIS, da Universidade de Santa Cruz do Sul, com foco na abordagem sistêmica, tendo como metodologia um estudo de caso com o objetivo de melhor compreender os principais aspectos da Síndrome do Pânico, seus modos de enfrentamento e desdobramentos, bem como conhecer a subjetividade do paciente,  destacando a importância e a influência das relações familiares sobre o sujeito, através de referencial teórico articulando teoria e prática dentro da ênfase de processos clínicos.

 


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