A CONVERGÊNCIA MIDIÁTICA ENTRE TV, TWITTER E INSTAGRAM E AS APROPRIAÇÕES POPULARES NA TERCEIRA TEMPORADA DE MASTERCHEF BRASIL

Laura Muller da Silva, Lúcio Siqueira Amaral Filho

Resumo


Devido à popularização e evolução da internet, cada vez mais as marcas buscam criar relacionamento com seus consumidores. A apropriação popular garante seu espaço no contexto digital, dando maior visibilidade às interações entre público e marca. Aproveitando a oportunidade, as marcas produzem conteúdos em mídias tradicionais, como a televisão, e sugerem que o consumidor acesse outras mídias digitais para interagir com a marca. O fato de uma mídia produzir um conteúdo e ele ser reproduzido em diversos outros meios é conhecido por convergência midiática. Conforme Jenkins (2009), a convergência midiática não depende apenas de aparelhos tecnológicos que possuem diversas funcionalidades, mas ela se dá na cabeça dos consumidores. Portanto, é a capacidade de ser um emissor que torna a convergência real. O objetivo desta pesquisa foi descobrir como as apropriações populares relacionam-se com a convergência midiática na terceira temporada de MasterChef Brasil. Para alcançar este objetivo, foi realizada uma pesquisa qualitativa e exploratória, utilizando a técnica de pesquisa bibliográfica, seguida de coleta de dados através de observação não participante. Para complementar foi empregada a técnica de análise de conteúdo das mídias Televisão, Twitter Instagram utilizadas pelo programa de televisão durante o período de veiculação da terceira edição. A pesquisa bibliográfica foi utilizada para chegar à descoberta das relações entre os conceitos teóricos, para isto, foram contextualizadas as consequências da chegada da internet no Brasil, utilizando os autores Castells (1999), Recuero (2009-2015) e Lévy (2016). A pesquisa também tratou da história da televisão no país, já que a mídia é a base do conteúdo analisado para verificar a convergência, apresentando conceitos de Cannito (2010), Mattos (2000) e Almeida (1988). Para conceituar a convergência e as apropriações populares foi utilizado Jenkins (2009-2014). A observação não participante foi o instrumento de coleta de dados encontrado para estudar as reações advindas da cultura popular em relação ao fenômeno da convergência midiática na internet. A aplicação foi assistir a semifinal do programa e acompanhar simultaneamente o comportamento dos telespectadores/internautas na segunda tela. A técnica análise de conteúdo foi empregada de forma qualitativa, com o objetivo de compreender os materiais criados por parte da emissora e pelos seus fãs, a fim de relacionar a apropriação popular com a convergência midiática realizada através da internet e comprovar algumas teorias encontradas na pesquisa bibliográfica. Foi redigido um relatório relacionando os materiais criados pela emissora Bandeirantes nos perfis oficiais do programa MasterChef Brasil no Twitter Instagram, além da análise destes perfis e dos comentários feitos pelos telespectadores/internautas, através de prints das telas. As categorias escolhidas tiveram como base o referencial teórico, portanto, são do tipo a priori, definidas antes da coleta de material e da realização das análises. Sendo elas: Interações espectador x programa e "memes" e apropriações populares. Após explorar os três conceitos, internet, televisão e convergência, e analisá-los junto com materiais coletados, este estudo revela que as apropriações populares são uma consequência da convergência midiática, potencializada pelo desenvolvimento da internet. Consequência esta que traz consigo diversos elementos da cibercultura e cultura popular, como os "memes", por exemplo.


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