O planalto de Doklam tem se tornado um assunto importante internacionalmente no que diz respeito aos conflitos jurídicos entre os Estados da região da Ásia. O interesse pelo planalto ocorre pela extrema importância geoestratégica e econômica, principalmente pela proximidade do rio Brahmaputra, que atravessa o pequeno país de Bangladesh e dá acesso ao Oceano Índico. O presente trabalho (resultante de um artigo que está em fase de desenvolvimento) busca apresentar acerca das disputas entre China e Índia na região, com destaque para as reivindicações e ameaças chinesas, suas justificativas e consequências para a segurança regional. Além disso, a questão será abordada de acordo com os Direitos Internacionais e a legalidade da posse do território do planalto que pertence ao Butão, mas é requerido pela China. Dessa forma, a questão do Planalto de Doklam coage a segurança e estabilidade da região, bem como a tensão vem provocando instabilidade e desconfianças por parte dos demais Estados em uma disputa que poderá tornar-se uma das mais importantes do século XXI. Este trabalho utiliza-se da pesquisa de caráter qualitativo com base em matérias jornalísticas de portais eletrônicos e também pela revisão bibliográfica. A partir disso, do ponto de vista teórico, será adotado o conceito realista da teoria das relações internacionais, que sugere que o sistema internacional é anárquico e obriga os Estados a preocuparem-se com sua segurança, fazendo com que haja uma competição uns com os outros pelo poder. O impressionante crescimento econômico chinês permitiu que o país num primeiro momento expandisse seu poder na região da Ásia de forma suave (chamado também de soft power nas relações internacionais), através de construções e investimentos e, mais adiante, projetasse um poder militar de dominação que acabou gerando uma série de disputas territoriais, dentre elas, o planalto de Doklam. Dada a importância dessa disputa territorial pelo planalto, a relação entre os dois Estados – China e Índia - tem apresentado aparente dificuldade em resolver a questão de forma diplomática, o que vem chamando a atenção da comunidade internacional, visto que a China está usando suas ameaças para forçar a Índia a aceitar um acordo nos seus termos, do mesmo modo que, se isso não funcionar, pode forçar a disputa para um confronto bélico para conseguir seguir o seu caminho. Isso posto, o trabalho, à guisa de conclusão, buscará afirmar as pretensões chinesas de se tornar um país hegemon regional e possivelmente mais adiante, global.