O RESGATE DE ESTÍMULOS SENSORIAIS E SUA RELEVÂNCIA PARA UMA EFETIVA ALFABETIZAÇÃO NAS SÉRIES INICIAIS.

Lilian Kelly Brizolla Isquierdo Gonçalves, Carla Lavínia Pacheco da Rosa, Helga Haas

Resumo


INTRODUÇÃO: Através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID/CAPES, subprojeto 1 - Pedagogia da Universidade de Santa Cruz do Sul/UNISC 2017, tive a possibilidade de estar inserida como monitora em uma escola estadual da rede pública, na turma do 3° ano do ensino fundamental, na Escola Est. de Ensino Médio Nossa Sra. Esperança, e ter uma visão mais ampla sobre outros ambientes educacionais, já que tinha experiência apenas em escolas municipais. OBJETIVO(S): As atividades foram planejadas de acordo com as observações feitas e conversadas com a professora da turma, buscando nos alunos informações de suas experiências antes da escola, se frequentaram algum tipo de escolinha infantil ou creche na primeira infância. Partindo do pressuposto de que muitos da turma não tiveram uma vida escolar anterior às series iniciais, preparei a primeira aula, tendo em vista fazer um resgate dos estímulos primários. METODOLOGIA: Coletadas essas informações, comecei a colocar em prática as atividades, que realizam-se semanalmente, às sextas-feiras, no turno matutino. Percebendo e discutindo com a professora titular da turma que uma das principais causas do atraso cognitivo no aprendizado das crianças nas séries iniciais pudesse estar ligado à falta de uma base de estímulos em escolas de educação infantil, fiz meu planejamento no sentido de minimizar suas dificuldades com a leitura e interpretação dos textos possíveis de serem trabalhadas. Neste sentido, busquei dar uma atenção especial a esse resgate de estímulos primários, como contação de histórias e suas interpretações, fazendo com que os alunos, além de lerem, juntando letras soltas, realmente se relacionassem com o conto, fazendo sua construção, leitura e interpretação, envolvendo música, dança e teatro. No primeiro projeto, intitulado Resgatando Parlendas, propus a construção de cinco textos, separando a turma em grupos, que eram as rodas cantadas Atirei o pau o gato, Borboletinha, A canoa virou, Fui morar numa casinha e O sapo não lava o pé. No segundo projeto, voltado à interpretação de texto, a proposta foi reescrever um conto, à escolha dos alunos e professora titular, construindo um teatro, no qual os alunos seriam os personagens. RESULTADO: Ao se encontrarem com novas possibilidades e propostas de ensino, os alunos sentem-se muito satisfeitos ao conseguirem produzir seus trabalhos, tanto no individual como no coletivo, trabalhando em equipe, demonstrando estarem realizados e dispostos nas aulas, o que torna aquele momento muito especial e prazeroso a eles. Sair do bê-a-bá trivial, dando-lhes a oportunidade de explorar todas as suas capacidades, estimulando suas sensibilidades sonoras, através da música, bem como a linguagem, seu raciocínio lógico nos jogos e a criatividade nos desenhos. CONCLUSÃO: A monitoria assistida possibilita ao graduando estabelecer um contato com as escolas, facilitando a compreensão das teorias estudadas na universidade, bem como a prática com os alunos, planejando aulas e metodologias para suas reais necessidades. O subprojeto acaba sendo muito mais relevante  quando se leva em conta que, além de proporcionar ao bolsista tal experiência no ambiente escolar, também revela ao quadro docente novas possibilidades de envolvimento com o ensinar e aprender. Trata-se de uma constante troca entre as partes envolvidas, em um único propósito, que consiste no aprendizado dos alunos.

 Palavras-chave: PIBID; Monitoria; Estímulos Sensoriais; Alfabetização.


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