AVALIAÇÃO DO TIMED UP AND GO EM PACIENTES COM MÚLTIPLOS DIAGNÓSTICOS ATENDIDOS NA FISIOTERAPIA AQUÁTICA
Resumo
Introdução: Muitos são os fatores que podem desencadear episódios de queda e déficit de equilíbrio, dentre eles citamos o processo gradual de envelhecimento. Pacientes que apresentam múltiplos diagnósticos relacionados a processos articulares degenerativos, perda de massa óssea, processos inflamatórios crônicos, perda visual e auditiva têm o risco de quedas aumentado, pois estas doenças podem causar incapacidades funcionais progressivas e prejudicar a qualidade de vida. O teste Timed Up and Go (TUG) ajuda na avaliação do equilíbrio sentado, durante a marcha e avalia como o indivíduo realiza a transferência de posição (sentado para ortostase e vice-versa), o TUG objetiva verificar as possíveis alterações funcionais e o efeito das intervenções fisioterápicas no equilíbrio e marcha. A fisioterapia aquática (FA) oferece meio apropriado para se treinar e reabilitar déficits de equilíbrio e dificuldades na marcha, pois as propriedades físicas da água aquecida, em especial a viscosidade que aumenta o tempo de resposta das reações de equilíbrio e retificação corporal e a força do empuxo que facilita o movimento articular. O que poderá ser traduzido em menor risco e episódios de quedas. Objetivo: Apresentar os resultados de uma única sessão de FA sobre o equilíbrio, transferência e marcha de pacientes com múltiplos diagnósticos clínicos. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal observacional quantitativo, realizado no setor de hidroterapia da clínica Fisiounisc da Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC. Foram atendidos pacientes do Projeto de Extensão “Oficinas de Saúde na Hidroterapia”, de ambos os sexos com múltiplos diagnósticos clínicos, dentre eles, artrose de quadril e de joelho, hérnia discal, discopatia degenerativa crônica osteoporose e alterações posturais da coluna vertebral que realizam uma sessão semanal de FA. Como instrumento de avaliação foi utilizado, pré e pós sessão, o teste TUG, estando o paciente com o mesmo vestuário nos dois momentos. O paciente levanta de uma cadeira sem ajuda dos braços, caminha por três metros, volta e torna a sentar. Enquanto realiza a tarefa se observa o percurso e cronometra o tempo gasto para a ação. A sessão de FA teve duração de 45 min. e trabalhou exercícios de aquecimento, alongamentos, equilíbrio, fortalecimentos e relaxamento. Resultados: A amostra foi composta por 14 pacientes, 13 deles do sexo feminino, com idades entre 43 a 91 anos, média de 66,28 anos, sendo a grande maioria aposentados. Na avaliação pré-sessão o tempo mínimo de percurso foi 7.14 seg. e o máximo 15.16 se, e pós sessão mínimo de 6.15 segundos e máximo de 13.24 segundos. No TUG pré FA 57,14% da amostra tinha valor abaixo de 10 seg. e pós passou a 78,57%, sendo que valores abaixo de 10 seg. são considerados normais. Ressalta-se que 100% da amostra reduziu o tempo do percurso, mostrando melhor equilíbrio, habilidade de transferência e marcha. Conclusão: Uma única sessão de FA mostrou-se eficaz na melhora do equilíbrio velocidade da marcha dos participantes, podendo se afirmar que esta resposta positiva influencia na capacidade funcional e qualidade de vida, além de promover a prevenção de possíveis quedas dos pacientes com os múltiplos diagnósticos. Por fim, destaca-se que a Unisc, através do Curso de Fisioterapia e de seus projetos extensionistas, vem colaborando bastante com a saúde da população local e regional.
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