ANÁLISE DA QUALIDADE DO SONO EM ACADÊMICOS EM FASE FINAL DO CURSO DE FISIOTERAPIA ATRAVÉS DO ÍNDICE DE PITTSBURGH
Resumo
O sono é fundamental para as nossas funções biológicas, tendo grande importância na função de consolidação da memória, normalização das funções endócrinas, termorregulação e restauração do metabolismo energético cerebral. Os distúrbios do sono trazem consigo diversas consequências, comprometendo a memória, a capacidade de resolver problemas e afetando diretamente o desempenho acadêmico. Os acadêmicos normalmente apresentam padrão de sono irregular, decorrentes da falta de horário habitual para dormir e uma carga horária curricular extensa, refletindo diretamente na qualidade e quantidade de sono. Alguns estudos demonstram que a falta de sono tem forte associação no desenvolvimento de doenças cardiovasculares e doenças crônicas não transmissíveis. Desta maneira, uma má qualidade do sono é um componente importante de vulnerabilidade humana e das consequências que podem ser acarretadas. Objetiva-se analisar a qualidade do sono em acadêmicos em fase final do curso de fisioterapia através do índice de Pittsburgh de qualidade do sono. Trata-se de um estudo descritivo, quali-quantitativo com o propósito de analisar a qualidade do sono de estagiários da disciplina de Estágio Supervisionado em Fisioterapia. A qualidade do sono foi avaliada através do Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI) que avalia a qualidade do sono e os distúrbios ao longo de um período de 1 mês e teve sua validação na população brasileira em 2011 por Bertolazi et al. A pontuação global do questionário varia de 0 a 21 pontos, sendo que 0-4 representa sono bom, 5-10 sono ruim e >10 distúrbio do sono. Nesse sentido, participaram da pesquisa um total de 8 indivíduos, sendo 6 mulheres (75%) e 2 homens (25%), com média de idade de 21,8 (±1,12) anos de idade. A partir dos questionários foi verificada a qualidade do sono - total do PSQI de 9 (±3,11) pontos. O tempo médio de sono foi de 5,75 (DP±0,88) horas e a maioria da amostra (62,5%) demonstrou ter sono ruim e (37,5%) distúrbios do sono. A grande maioria dos participantes do estudo (75%) relatou falta de ânimo leve à moderada para realizar suas atividades de vida habituais. A má qualidade do sono implica diretamente na rotina dos acadêmicos, prejudica o desempenho acadêmico e profissional, podendo acarretar em doenças crônicas não transmissíveis ou cardiovascular devido à falta de sono restaurador. Além disso, mostrou a necessidade de intervenções protetoras e educativas aos acadêmicos sobre o sono ideal e como ter uma boa higiene do sono.
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