FISIOTERAPIA AQUÁTICA NO GANHO DE AMPLITUDE DE MOVIMENTO DA COLUNA LOMBAR EM MULHERES COM DISFUNÇÕES NA COLUNA VERTEBRAL.

Alini Fazenda de Souza, Imaira Dias Simão, Patrícia Oliveira Roveda

Resumo


Ao longo da evolução da espécie humana, o homem mudou sua postura e, com isso, surgiram patologias, em especial da coluna vertebral (CV). As curvaturas fisiológicas da CV são adaptações que permitiram a ortostase e a marcha, influenciadas por fatores hereditários, condições patológicas, estado mental do indivíduo e a força as quais a coluna está sujeita diariamente. Durante as atividades de vida diária alterações da mecânica articular modificam as cargas impostas sobre os tecidos musculoesqueléticos, aumentando o aparecimento de disfunções ortopédicas e reumáticas como artrose, lombalgia, hérnia-discal, discopatia degenerativa e alterações posturais como escoliose, hipercifose e hiperlordose. A fisioterapia aquática (FA) é uma modalidade terapêutica que auxilia no tratamento de pessoas com alterações da CV, pois o alívio de peso corporal gerado pelo empuxo promove descompressão e melhora da amplitude de movimento (ADM) articular e a temperatura aquecida da água propicia analgesia e também maior ADM. Objetiva-se apresentar os efeitos agudos (1 sessão) e crônicos (1 mês) de um programa de fisioterapia aquática sobre a amplitude de movimento articular da coluna lombar de mulheres com alterações da coluna. Trata-se de um estudo transversal, observacional e quantitativo, realizado na Clínica Fisiounisc da Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC. A amostra são mulheres participantes do Projeto de Extensão Oficinas de Saúde na Hidroterapia. Foi realizada a goniometria de flexão, extensão, rotações e inclinações laterais da coluna lombar (CL) pré e pós sessão de FA em duas datas num intervalo de um mês. O vestuário e a posição foram os mesmos nas duas avaliações goniométricas. As sessões tiveram duração de 45 min. e foram compostas por exercícios de aquecimento, alongamentos, fortalecimentos e relaxamento. Participaram do estudo 13 mulheres com idade entre 46 e 56 anos, com diferentes disfunções na CV, sete delas desenvolvem atividade laboral e seis são aposentadas. A goniometria foi realizada nos meses de maio e junho de 2018. Constatou-se que 100% da amostra apresentou aumento de ADM como efeito agudo (1 sessão) na maioria dos movimentos mensurados. Na primeira avaliação, 8 mulheres aumentaram ADM e na segunda 11 mulheres das 13 participantes. No efeito crônico (1 mês) não houve o mesmo aumento dos movimentos como os obtidos no efeito agudo, tivemos 4 mulheres que aumentaram, 4 que mantiveram e 5 que reduziram. Este resultado pode ser justificado pela temperatura ambiente mais baixa no mês de junho, mês da segunda avaliação, assim como, possíveis quadros álgicos mais agudos no dia da coleta, o que reduz a movimentação ativa. De qualquer modo das 13 participantes, no efeito crônico 8 não reduziram os movimentos. O ambiente aquático, com este grupo de mulheres, associado ao programa de exercícios da FA mostrou resultado mais relevante de aumento importante de ADM da CL em uma única sessão do que ao final de 4 sessões aquáticas. Vários são os fatores internos e externos que podem influenciar na variação de ADM, porém este estudo não buscou identificá-los.  


Apontamentos

  • Não há apontamentos.