GRAU DE DIFICULDADE DE ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA EM PACIENTES AMPUTADOS DE MEMBRO INFERIOR DO SERVIÇO DE REABILITAÇÃO FÍSICA
Resumo
O Serviço de Reabilitação Física de Nível Intermediário da Universidade de Santa Cruz do Sul (SRFis-UNISC) oferece para 62 municípios da Região dos Vales (Rio Pardo, Taquari e Jacuí) a dispensação de órteses e próteses e meios auxiliares de locomoção, além da reabilitação físico-funcional. As amputações na sua maioria são de membros inferiores que representam um acentuado impacto socioeconômico, da socialização e, consequentemente, da qualidade de vida, constituindo-se numa das mais devastadoras complicações de saúde. Analisar e identificar a relevância do grau de dificuldade em atividades do dia a dia antes e depois da amputação, comparando faixa etária, nível de amputação e tamanho do coto. Foi aplicado um questionário intitulado Functional Measure for Questionare (FMA) em pacientes amputados de membro inferior do SRFis-UNISC, de dezembro de 2017 a junho de 2018 durante as triagens e entregas de próteses, totalizando 64 pacientes. O questionário é composto por quatorze questões, sendo treze objetivas e uma dissertativa. Para este resumo, avaliou-se a 13ª questão do instrumento, tendo como enunciado “nas suas atividades do dia a dia, dentro e fora de casa, qual resposta que melhor descreve o grau de dificuldade que você apresenta depois da amputação?”, havendo cinco alternativas de resposta. Classificou-se nível de amputação em: transtibial direito e esquerdo, transfemural direito, esquerdo e bilateral, syme esquerdo, parcial pé esquerdo, entre outros relacionados, e do coto em: proximal, medial e distal. A faixa etária foi dividida em: crianças (0 a 15 anos), jovens (16 a 29 anos), adultos (30 a 59 anos) e idosos (acima de 60 anos). A alternativa mais assinalada foi a letra b, que corresponde a resposta “eu deixei de fazer a maioria das minhas atividades após a amputação da minha perna”, com uma frequência de 53%. Dos respondentes desta alternativa, a variável faixa etária adulto, nível de amputação transtibial e coto proximal foram de 50%, seguida de idosos (26%), transfemural (38%) e coto distal (29%). Dentro das amputações de nível transtibial, a de coto proximal é a que mais dificulta as atividades do dia a dia, justificando a escolha da alternativa b. Entende-se que a faixa etária adulto refere-se a uma vida ativa antes da amputação, passando a se sentir “incapaz” tanto no trabalho quanto em seu papel de inserção social e familiar. Entretanto, para o processo de reabilitação é necessário à inserção e/ou reinserção do amputado nas atividades de vida diária sendo ele usuário ou não de prótese para que o sentimento de autoestima e pertencimento se concretize.
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