O espaço ocupado entre dois dentes adjacentes é denominado de papila interdental. Além de desempenhar um papel esteticamente importante, tem também função de barreira biológica para a proteção das estruturas periodontais. A falta da mesma origina triângulos negros ou black spaces que acarretam em alterações fonéticas e que contribuem também para a retenção de restos alimentares e, consequentemente, afetam a saúde dos tecidos periodontais.  É sabido que a regeneração apresenta uma possibilidade maior de ser bem-sucedida quando esta não é proveniente de doenças periodontais, porém para elucidar este tipo de situação, em que ocorre a perda de inserção, são propostas técnicas cirúrgicas e não cirúrgicas que induzem a renovação da papila interdental. A aplicação do uso do ácido hialurônico na papila interdental é uma técnica não cirúrgica. O objetivo do estudo é analisar a eficácia do uso desse ácido na papila. O presente trabalho, que está sendo desenvolvido, é um estudo de caso realizado na Clínica de Odontologia da UNISC, em um paciente do sexo feminino, 35 anos de idade, que procurou tratamento odontológico, uma vez que estava insatisfeita com a estética do seu sorriso dentário devido aos black spaces presentes. Quando realizado o exame clínico, foi observado a existência de espaços presentes na papila interdental, diagnosticada como Classe I de Muller na arcada superior nos elementos dentários 12, 11, 21 e 22 e na arcada inferior nos elementos dentários 32, 31, 41 e 42. Após a conclusão do exame clínico, sugeriu-se a aplicação do ácido hialurônico como proposta de tratamento para o preenchimento da papila interdental ausente na referida paciente. De acordo com o protocolo, a paciente foi anestesiada com um anestésico local de curta duração no fundo do sulco anterior da maxila e da mandíbula. Posteriormente, foi aplicado o ácido hialurônico de baixa viscosidade na papila interdental nos dentes elencados acima. A quantidade de gel aplicado na papila é de no máximo 0,2ml, porém faz-se necessária a observação da ocorrência de isquemia gengival. A primeira e a segunda aplicação do ácido hialurônico e seus pós-operatórios já foram realizadas na paciente num período de intervalo de três semanas entre elas. A terceira e última aplicação ocorrerá dentro do tempo estipulado pelo protocolo. O presente estudo é de grande valia, uma vez que viabiliza a busca pelo conhecimento e oportuniza experiências desta conjuntura para o crescimento do futuro profissional desta área da saúde.