PREVALÊNCIA DE ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO E PERÍODO DE INTRODUÇÃO DE OUTROS LEITES EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES ATENDIDAS NO AMBULATÓRIO VIDA LEVE/UNISC.

Letícia Carolina Barbian, Juliana Ribeiro Fontoura, Francisca Assmann Wichmann, Danieli Tietze, Fabiana Assmann Poll, Marilia Dornelles Bastos

Resumo


A execução do aleitamento é vinculada ao aspecto cultural, social e econômico. Atualmente, a conscientização em relação a importância do aleitamento materno exclusivo até os 6 meses está fortemente evidenciado pelo alto grau de importância na saúde do recém-nascido. Ele garante ao recém-nascido o crescimento e desenvolvimento adequado, também é possível evitar a incidência de doenças como diarreia, meningite bacteriana, botulismo, bacteriemia, síndrome de morte súbita, linfoma, doenças respiratórias, sobrepeso e obesidade, entre outras. Estudos apontam que a ausência de aleitamento materno pode ter relação com a obesidade. Assim, tem-se como objetivo verificar a prevalência de aleitamento materno exclusivo e o período de introdução de outros leites na alimentação de crianças e adolescentes em excesso de peso, atendidos num ambulatório multiprofissional de saúde. Trata-se de um estudo transversal, com dados coletados nos prontuários dos pacientes atendidos em 2017 junto ao Ambulatório Vida Leve. Este é composto por uma equipe multiprofissional de professores e acadêmicos da área da medicina e nutrição e faz parte do projeto “Promoção de modos de vida saudáveis nas doenças crônicas não transmissíveis e obesidade: da infância ao envelhecimento humano”, desenvolvido junto ao Serviço Integrado de Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul/RS. As variáveis de estudo foram a duração do aleitamento materno exclusivo referida na primeira consulta ao ambulatório, pelos pais e/ou responsáveis, bem como quando ocorreu a introdução de outros leites na rotina da criança. A análise dos dados foi descritiva. Analisaram-se os dados de 55 crianças, com idade entre 4 anos e 18 anos, sendo 50,9% do sexo masculino. O período de amamentação exclusiva mais prevalente foi até o 6º mês, em 35% dos pacientes, seguido do 5º mês (28%). Não souberam ou não foram amamentadas 33% das crianças e/ou adolescentes. Em relação ao uso complementar de outros leites, o período mais referido foi a partir do 4º mês (38%), 21% do 6º ao 9º mês de vida, e com um ano de idade e um ano e meio obteve-se 9% em cada faixa; somente aos dois anos de idade 3% fizeram a introdução, sendo que não souberam responder 48% pais e/ou familiares. Concluímos que o aleitamento exclusivo foi mantido até o sexto mês, que seria o recomendado, apenas por 35% dos pacientes. O que pode ser um fator relacionado ao excesso de peso, já que sua ausência representa um risco maior para essa condição. Ademais, a introdução precoce de outros leites, principalmente o leite de vaca, que apresenta uma composição nutricional inadequada para ser utilizado antes de um ano de idade. A melhor forma de combater o desmame precoce é através de campanhas e políticas públicas bem aplicadas, oferecendo todo e qualquer tipo de informação a lactante.

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