DIFERENÇA NA AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL EM PACIENTES IDOSOS PORTADORES DE DOENÇA CRÔNICA NÃO TRANSMISSÍVEL
Resumo
A pressão Arterial, em ambos os sexos, aumenta até os 60 anos. A alta prevalência de outros fatores de risco concomitantes nos idosos e o consequente incremento nas taxas de eventos cardiovasculares, bem como a presença de comorbidades, ampliam a relevância da hipertensão arterial (HA) com o envelhecimento. A HA é uma Doença Crônica Não Transmissível (DCNT), predominante em idosos, sendo a mesma considerada um fator de risco cardiovascular. O estilo de vida condiz a hábitos e costumes que são influenciados e modificados por fatores inerentes, como a alta incidência do tabagismo, inatividade física e o uso excessivo de álcool, podendo contribuir para que este número aumente. Levando em conta este crescimento progressivo, tem-se observado a importância da aferição da Pressão Arterial (PA) em diferentes tempos de pré-exercício, pois assim é possível obter resultados fidedignos. Analisar as diferenças de Pressão Arterial, aferidas em 3 tempos, sendo no sexto, oitavo e décimo minuto, reconhecer a necessidade do aumento do tempo de repouso para a aferição da PA. Estudo transversal, sendo avaliados pacientes dos programas de Reabilitação Cardiovascular e Reabilitação Pulmonar do Hospital Santa Cruz. Para ambos os grupos foi determinada a PA, utilizando-se um esfigmomanômetro com manguito de adulto padrão (13 cm de largura e 30 cm de comprimento), sendo medida o comprimento e circunferência do braço dos pacientes, aplicando-se o fator de correção correspondente para cada caso. Em seguida, o paciente foi remetido a uma sala silenciosa, onde permaneceu em posição sentado, em repouso, durante 5 minutos. No sexto minuto foi realizado a primeira aferição da PA, no oitavo minuto a segunda e, no décimo minuto a terceira, tendo analisado a média das 3 aferições. Dentre os pacientes avaliados no Programa Cardiovascular, 05 homens, idades entre 53 e 72 anos e 04 mulheres, idades entre 67 e 69 anos. A média das aferições no sexto minuto foi 124/93 mmHg, no oitavo minuto 124/90 mmHg e no décimo minuto 127/89 mmHg. Para o Programa Pulmonar, 09 homens, idades entre 54 e 70 anos e 07 mulheres, idades entre 60 e 74 anos. A média das aferições no sexto minuto foi 129/81 mmHg, no oitavo minuto 129/81 mmHg e no décimo minuto 125/81 mmHg. A partir dos resultados obtidos foi possível analisar que houve uma pequena variação entre a pressão arterial sistólica (PAS) aferida nos 3 tempos de repouso. Concluímos que não há influência do tempo de repouso além dos 5 minutos preconizados pela Diretriz para aferição da PA, estando os participantes aptos para realizarem os respectivos exercícios propostos pelo programa.
Apontamentos
- Não há apontamentos.