As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são originadas por vírus, bactérias e outros microrganismos. Dentre elas, se encontram as Hepatites Virais, HIV e Sífilis. As hepatites virais são inflamações causadas por vírus e são classificadas como A, B, C, D e E. No Brasil, as mais comuns são a A, B e C. A hepatite A é causada por questões relacionadas ao saneamento básico e higiene, já as hepatites B e C são transmitidas através da relação sexual sem preservativo e contato direto com sangue contaminado, como por exemplo o compartilhamento de objetos não esterilizados. Elas provocam sintomas como febre, cansaço, icterícia, dor abdominal, vômitos e tonturas. Segundo o Ministério da Saúde, a hepatite C é a responsável pela maioria dos óbitos por hepatites virais no Brasil. O objetivo desse estudo foi orientar e conscientizar a população de Santa Cruz do Sul sobre as causas, prevenção e cuidados relacionados às ISTs, com foco para as hepatites virais. Com parceria da Secretaria de Saúde de Santa Cruz do Sul no mês de julho/2018 foram realizadas diversas ações referentes ao mês amarelo. Foram distribuídos folders informativos, intitulados “Vamos falar sobre hepatites virais?” nas Estratégias Saúde da Família (ESFs) Faxinal, Pedreira/Figueira, Senai, Arroio Grande, Jacob Schmidt, Esmeralda, Cohab, Verena e Avenida; bem como realizadas visitas domiciliares, juntamente com as agentes comunitárias de saúde, às manicures residentes nas áreas de atuação das ESF Pedreira e Figueira. Durante a visita domiciliar foi realizada uma entrevista utilizando um questionário, contendo variáveis relacionadas a fatores de risco ocupacionais e não ocupacionais, utilização de EPIs e vacinação. Na praça Getúlio Vargas, juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde, foram distribuídos folders à população que compareceu, e as pessoas que circulavam no local foram convidadas a realizar testes rápidos para as hepatites B e C, sífilis e HIV. Na praça Getúlio Vargas foram realizados 125 atendimentos, no qual foram diagnosticados 4 pacientes reagentes para sífilis e 1 para hepatite C. Com relação as manicures, no total foram realizadas 6 entrevistas, na qual incluíram profissionais de 35 a 60 anos, com tempo de atuação na área entre 4 a 27 anos. Com relação ao conhecimento das Hepatites B e C, 4 profissionais afirmaram que conheciam a doença hepatite. Quanto às formas de transmissão, 4 afirmaram saber as formas de transmissão. Em relação aos procedimentos recomendados para profilaxia pós exposição de perfuro cortante, 4 não conheciam o protocolo. Com relação à carteira de vacinação atualizada, somente uma profissional afirmou estar com a carteira em dia. As ISTs são problemas que causam grande preocupação em saúde pública. Uma das formas de prevenção é a orientação à população, incluindo profissionais que estão expostos a elas, no tocante às hepatites virais. O assunto é de suma importância pois tem a finalidade de prevenir e promover a saúde, e assim reduzir agravos.