EFEITO DO ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO NOS NÍVEIS DE GLICOSE SANGUÍNEA E HEMOGLOBINA GLICADA DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 EM UMA FARMÁCIA COMUNITÁRIA DE SEGREDO - RS

Morgana Marion, Ana Paula Helfer Schneider

Resumo


Introdução: A Diabetes mellitus do tipo 2 (DM2) é o tipo mais comum de diabetes e é não dependente de insulina. É a doença que mais mata no mundo e que há um maior gasto na saúde pública. Acomete, na maioria das vezes, adultos a partir dos 40 anos de idade e idosos, em que há uma possibilidade de que o paciente já utilize outras medicações e que ocorra maiores problemas relacionados aos medicamentos. Maus hábitos de vida, como obesidade, sedentarismo e alimentação inadequada, influenciam no desenvolvimento e agravamento da DM2. O farmacêutico é fundamental para boa adesão ao tratamento, auxiliando na orientação tanto dos medicamentos quanto alimentos e de práticas físicas, evoluindo para uma melhor qualidade de vida. Objetivos: Realizar o acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes DM2, de uma farmácia comunitária, identificando o efeito que este serviço traz nos níveis de glicose sanguínea e hemoglobina glicada, a fim de melhorar a adesão ao tratamento e a qualidade de vida. Metodologia: Participaram do estudo sete pacientes e foram acompanhados utilizando um formulário de consulta farmacêutica elaborado pela unidade básica de Curitiba/PR. Antes do início das entrevistas, os pacientes foram submetidos a um exame de hemoglobina glicada, para avaliar a situação atual do paciente. A partir dos dados coletados no formulário, foram realizadas intervenções para analisar se o método é ou não efetivo. Após todas as intervenções realizadas, outro exame de hemoglobina glicada foi realizado, para fazer a comparação dos valores obtidos. Durante o estudo, os pacientes também realizavam, a cada 3 dias, a verificação de glicose casual com um glicosímetro capilar. Resultados: Dos pacientes entrevistados, 57% eram do sexo feminino e todos tinham idade superior aos 50 anos. Segundo o cálculo de IMC realizado, mais de 50% dos pacientes enquadravam-se como obesos e mais de 70% não realizavam atividade física. Perante o nível de escolaridade, mais de 85% dos pacientes possuíam ensino fundamental incompleto, o que dificulta ainda mais o entendimento sobre a doença e seu tratamento. Os níveis de hemoglobina glicada encontram-se estáveis comparando o exames de início e o final do acompanhamento. Os pacientes aderiram as mudanças relacionadas ao medicamento, porém, tratando-se em mudança de hábitos (alimentação e atividade física), a adesão não foi tão significativa. Conclusão: Através dos resultados encontrados durante o estudo, percebe-se a importância de acompanhar estes pacientes para o controle da DM2, educando-os e promovendo estratégias para que façam a mudança de hábitos necessária. O farmacêutico é importante na equipe de saúde, pois é capaz melhorar resultados clínicos e a adesão ao tratamento, contribuindo para uma melhora da efetividade terapêutica.


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