O USO DE ULTRASSOM PARA LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE CANAIS NA ENDODONTIA

Julia Wernz Roos, Karoline de Oliveira Almeida, Janaina Caroline da Costa, Alessandra Andressa Schuh, Luiza Brum Porto, Leonardo Marques dos Reis, Larissa Cristina Assis da Silva, Márcia Helena Wagner

Resumo


A sanificação dos canais radiculares é, sem dúvida alguma, um dos mais importantes fatores para obtenção do sucesso no tratamento endodôntico. O procedimento supramencionado é efetivado através de agentes irrigantes, tais como o hipoclorito de sódio e a clorexidina, os quais podem ser utilizados em diferentes concentrações. A permanência de bactérias no interior do canal radicular, ainda que após o preparo, faz com que se busque um método de irrigação que potencialize a ação dos agentes antimicrobianos, como é o caso do ultrassom. A utilização do ultrassom no tratamento endodôntico tem sido evidenciado na literatura como uma importante alternativa para complementar a eficácia da limpeza e descontaminação radicular, aumentando as chances de sucesso no tratamento, razão pela qual merece enfoque nos bancos acadêmicos. O objetivo deste trabalho foi analisar e estudar a importância da associação do ultrassom às soluções irrigadoras na limpeza e desinfecção dos canais radiculares na endodontia. Por isso, foi realizada uma revisão de literatura, com o principal intuito de evidenciar a importância da irrigação ultrassônica passiva (IUP) durante a limpeza e descontaminação do canal radicular ao realizar-se o tratamento endodôntico. Vale ressaltar que a revisão em questão fora feita através da utilização de artigos pesquisados no portal da CAPES, PubMed e CIELO. A literatura demonstrou que a maneira para o ultrassom ser mais eficaz é através da irrigação ultrassônica passiva (IUP), a qual utiliza um instrumento endodôntico fino, um inserto ultrassônico liso ou fio de nylon que recebe a ativação do aparelho de ultrassom gerando movimentos oscilatórios que formam micro-correntes acústicas capazes de agitar a solução irrigadora dentro do canal, este movimento oscilatório aumenta a efetividade de  remoção da lama dentinária e dos microrganismos em toda a extensão do canal, inclusive no terço apical, no qual é mais difícil realizar-se a limpeza devido à forma e anatomia do canal. A explicação para este efeito pode ser relacionada à maior quantidade de agentes irrigantes e maior rapidez empregada com o uso do ultrassom, demonstrando e evidenciando a importância do uso para maior alcance de descontaminação e remoção de resíduos orgânicos e inorgânicos presentes nos canais radiculares. Diante disso, concluiu-se que a irrigação ultrassônica passiva melhora a desinfecção a partir do aumento da permeabilidade dentinária, alcançando maior profundidade dos túbulos dentinários, quer dizer, a penetração da solução irrigadora é significativamente maior com o auxílio do ultrassom comparada à realizada manualmente com seringa.


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