O presente trabalho denominado de Teórico Analítico I é parte integrante das atividades obrigatórias do Estágio Integrado em Psicologia I e II. Dispomos a realizar um estudo de caso de uma família que está sendo acompanhada desde o início do ano de 2018 no Serviço Integrado de Saúde (SIS) da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), os atendimentos são quinzenais, sempre às segundas-feiras com a duração de uma hora, são realizados por uma dupla de estagiárias da abordagem sistêmica, com o apoio da equipe que acompanha os atendimentos atrás do espelho unidirecional, juntamente com a Supervisora. Fortalecendo, assim, a discussão do caso, chegando à hipóteses clínicas mais precisas, verificando a validade da hipótese baseada em métodos e técnicas específicas da Abordagem Sistêmica. Neste sentido, o objetivo deste estudo é analisar o caso clínico da família A., em psicoterapia familiar, a fim de compreender as possíveis implicações dos padrões de interação familiar, bem como, de que forma o subsistema conjugal disfuncional interfere nos limites que são transmitidos nessa família, resultando em papéis e fronteiras não definidos, modificando o sistema familiar. No período de 6 meses,já foram realizadas no total de 9 sessões. Buscamos no decorrer dos atendimentos criar um vínculo com os membros, compreendendo a história de vida e a situação atual da família. A família trouxe como demanda a dificuldade de se comunicar, interagir, colocar limites para os filhos, como descontroles por parte da mãe em determinadas situações. Percebemos que muitos dos conflitos presentes na família derivam de descompassos do relacionamento conjugal disfuncional, refletindo na criação dos filhos e nos seus sintomas de mau comportamento. Devido ao modo de interação dentro do sistema familiar, torna-se um meio para fortalecer um padrão de relacionamentos e fronteiras difusas. Desse modo, é perceptível também, a inversão de papéis. No decorrer das sessões, os conteúdos trazidos por cada um dos membros foram discutidos, demonstrando movimentos de ação para a mudança, buscando alternativas para melhorar a interação e o bem-estar no sistema familiar, o que é muito importante para a evolução no processo terapêutico. Compreendemos o caso a partir do funcionamento da dinâmica familiar e suas relações e não descartamos o surgimento de novos acontecimentos e informações, com isso, pode-se mudar o entendimento do caso estudado. A relação terapêutica e as técnicas desenvolvidas até o presente momento estão se dando de forma favorável, percebendo o movimento de comunicação da família, e os insights sobre situações traumáticas, ficando perceptíveis as mudanças relacionais e estruturais entre os membros da geração atual e transgeracional.