VERIFICAÇÃO DE FALHA DE ADERÊNCIA NA INTERFACE ARGAMASSA E BLOCO EM FACHADAS ATRAVÉS DE TERMOGRAFIA
Resumo
No Brasil e no mundo cresce a construção de prédios altos e esbeltos e, consequentemente, com patologias no revestimento destas edificações, que por sua vez são difíceis de identificar, em função do acesso restrito ao trabalho em altura. Com a intenção de identificar as manifestações patológicas não identificadas visualmente ou de difícil acesso, buscou-se verificar a eficiência do uso da termografia e o comportamento de sons cavos em diferentes bases argamasadas. Segundo Mario (2011), o ensaio de percussão é realizado através de impactos leves, não agressivo, com instrumentos rijos. O revestimento que emitir um som cavo estará solto, para a execução deste ensaio, as edificações são acessadas através de balancins, do primeiro ao último pavimento, de forma a abranger toda a área das fachadas, após o mapeamento é feito um ensaio de arrancamento para saber a causa e, então, é feita a devida intervenção. Devido a grande complexidade para se identificar as manifestações patológicas, notável é um ensaio que conseguisse reunir a agilidade, eficiência e integridade de uma edificação. Um método muito aplicado em outras áreas para a identificação de deficiências na parte elétrica, por exemplo, é a câmera termográfica. A termografia é um ensaio não destrutivo, com técnica de inspeção em infravermelho que captura diferentes distribuição de calor, com o objetivo de gerar informações referentes a condição operacional de um componente, equipamento ou processo, como ferramenta de manutenção, é um processo de identificação de patologias considerada não invasiva que reconhece a intensidade de radiação emitida naturalmente pelo corpo sendo proporcional a sua temperatura. Para análise da eficácia da termografia, foram construídos e analisados protótipos com blocos estruturais de concreto e cerâmico, além de blocos cerâmicos de vedação, com dimensões laterais de 120 cm e 100 cm de altura. Foram executados locais no centro das paredes sem aderência ao substrato, as quais foram construídas voltadas para as orientações solares Leste, Oeste, Norte e Sul. Após coleta de dados em quatro dias, com temperaturas máximas superiores à 30ºC, utilizando câmera térmica de alta precisão, nos horários das 8h, 12h, 16h e 19h, foram confeccionados gráficos e tabelas para análise do comportamento térmico dos protótipos. Com a presente pesquisa constatou-se a confiabilidade da termografia na identificação de desplacamento através da variação térmica explicita nos termogramas em determinadas situações. A termografia é confiável, mas deve ser utilizada em determinados horários e orientações solares, analisando a emissividade, temperatura refletida, velocidade do vento e material utilizado na construção da edificação, tanto do revestimento quanto do substrato
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