ANÁLISE E VALIDAÇÃO DA MELHOR CONFIGURAÇÃO DO EIXO DE ROLAGEM DE UM VEÍCULO OFF-ROAD DO TIPO BAJA.
Resumo
A equipe Baja de Galpão é um projeto de extensão da Universidade de Santa Cruz do Sul. A mesma gerencia, projeta e constrói um veículo off-road do tipo Baja, o qual participa de duas competições anuais, realizadas pela SAE (Society of Automotive Engineers). Nessas competições, existem equipes representantes de universidade de todo o país. Destaca-se ainda o título conquistado em 2016 pela equipe Baja de Galpão – UNISC na competição Baja SAE Brasil – Etapa Sul, disputada em Passo Fundo – RS, contando com equipes dos três estados da Região Sul do Brasil. Devido a relevância que o projeto representa entre os estudantes de engenharia de todo o país, busca-se sempre aperfeiçoar o protótipo, de tal forma a alcançar maiores patamares tanto para a equipe quanto para a universidade. Com esse objetivo, o projeto de suspensão do protótipo BG18.1 buscou melhorar o comportamento do veículo em curvas, o que é um fator determinante. Para isso, testou-se as mais diversas configurações de inclinação do eixo de rolagem, que vem a ser um eixo no qual o carro quando em situação de curva rola lateralmente. O eixo em relação ao centro de gravidade do veículo produz um momento de rolagem, que é um dos principais fatores contribuintes para os efeitos subesterçante e sobresterçante. Para projeto off-road tem-se como objetivo sempre buscar o sobresterço. O protótipo BG-16, possuía o eixo de rolagem próximo ao centro de gravidade e com uma inclinação muito pequena, produzindo momentos de rolagem pequenos tanto no eixo dianteiro como no traseiro. Entretanto, para o projeto atual não tinha-se a certeza de qual seria a melhor configuração, já que muitas bibliografias e alguns estudos práticos eram contradizentes. Logo, buscou-se determinar o melhor setup baseado na experiência empírica. Para validar os testes, utilizou-se do teste de raio de giro a velocidade constante e montou-se um circuito de slalon em que a configuração do eixo de rolagem que fizesse o circuito no menor tempo e que apresentasse o menor raio de giro, representaria a melhor situação. Para a realização do circuito, dois pilotos faziam 3 passagens e então era calculada uma média aritmética entre os tempos, e ainda era levado em consideração o feeling de cada piloto. É importante ressaltar que a cada mudança que feita no carro, era feita a geometria do carro garantindo os mesmos parâmetros de cambagem, convergência e calibragem de amortecedores. Com os resultados obtidos no antigo protótipo, conclui-se que um eixo de rolagem inclinado em direção ao eixo dianteiro e mais longe do centro de gravidade torna o veículo mais sobresterçante. Dessa forma, espera-se melhorar a dinâmica lateral do novo protótipo que ainda está em processo de fabricação, o que contribuirá de uma forma positiva nas próximas competições.
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