INSERÇÃO PRECOCE DE ACADÊMICOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA A ÁREAS DE ATUAÇÃO

Tiago da Rosa Rambo, Luana dos Passos Vieira, Lisiane Lisboa Carvalho

Resumo


Proporcionar funcionalidade é o âmago do exercício profissional fisioterapêutico. Na atualidade, a fisioterapia está envolvida não apenas nos processos de reabilitação, mas também nos processos de prevenção e promoção, e em todos os níveis de atenção em saúde. Com isso, a atividade de saída de campo se mostra como um mecanismo de ensino eficaz, devido a sua capacidade de integrar conhecimentos teóricos a experiências práticas, dentro do meio acadêmico. Levando em conta este benefício do método didático citado, o mesmo pode ser aplicado para promover um momento de vivência a estudantes do curso dentro das possíveis áreas de atuação profissional. Este estudo foi realizado com o intuito de proporcionar aos alunos ingressantes do curso de fisioterapia da Universidade de Santa Cruz do Sul, uma experiência de ambiência com duas das possíveis áreas de atuação. Integrar os mesmos com acadêmicos em estágio, que já se encontram em períodos mais avançados da graduação e promover um primeiro contato com perfis de pacientes, suas realidades socioeconômicas, a forma como se relacionam consigo, com aquilo que os cercam e também com suas patologias. A atividade de saída de campo, promovida na disciplina de Fundamentos de Fisioterapia, possibilitou realizar o acompanhamento de atendimentos fisioterapêuticos executados por acadêmicos estagiários. Sendo que uma das abordagens foi realizada no Estágio Ambulatorial, na clínica FISIOUNISC, situada no campus sede, e a outra em residência própria do paciente, situada no bairro Gaspar Bartholomay, por intermédio do Estágio Supervisionado em Saúde Coletiva I e II. Após a fase de campo, foi realizado uma busca em bases de dados digitais, de artigos científicos que serviram como referência para a produção de uma breve revisão de literatura sobre as patologias apresentadas pelos pacientes atendidos e a elaboração de um relato sobre a experiência vivenciada durante as saídas de campo. Ao fim de todo o processo metodológico, alguns pontos relevantes foram considerados, como por exemplo, a importância do diálogo como agente intermediador para a compreensão não só das necessidades físicas que estão associadas ao tratamento fisioterapêutico, mas também das emocionais (estas que podem interferir no desempenho dos pacientes durante as sessões e também em seu cotidiano), a forma com que os estagiários conduziam as atividades propostas, bem como os métodos, objetivos e condutas utilizadas pelos mesmos, buscando sempre a promoção de maior funcionalidade para aqueles indivíduos, as diferenças distintas de um atendimento realizado no âmbito ambulatorial (onde existe uma gama de materiais e equipamentos disponíveis) e domiciliar (onde os recursos são escassos e a criatividade se torna imprescindível). Torna-se evidente a importância da inserção de acadêmicos ainda em semestres iniciais precocemente dentro das áreas de atuação fisioterapêuticas, visto que o mecanismo da saída de campo como método didático é capaz de promover uma ponte entre a teoria e a prática, estimulando estes estudantes a desenvolver um olhar mais amplo e crítico e de livre interpretação de dados diretos e indiretos vivenciados durante a observação, proporcionando também o domínio de conhecimentos específicos sobre a complexidade enfrentada perante a realidades distintas (ambulatorial/domiciliar), as relações interpessoais envolvidas (estagiário/paciente) e também as relações individuais (paciente consigo mesmo e com a patologia que o acomete).


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