USO DE DIAGRAMA DE DOR EM PROGRAMA DE RC: UM NOVO CUIDADO

Eduardo Jungblut Kniphoff, Thaís Franco da Silva, Luana dos Passos Vieira, Ketlin Melissa Maciel de Oliveira, Daniela Reinick, Andréa Lucia Gonçalves da Silva,, Tania Cristina Malezan Fleig

Resumo


Introdução: A fisioterapia é um importante mecanismo de reabilitação para pacientes cardiopatas através do treinamento da musculatura periférica e/ou respiratória. O Programa de Reabilitação Cardiorrespiratória (PRC) do Hospital Santa Cruz (HSC), que integra um grupo de pacientes provenientes de diferentes localidades e com diferentes patologias, busca implementar esses protocolos de treinamento muscular através de exercícios aeróbios e anaeróbios composto por 45 sessões de exercícios físicos, 2 x/semana, após uma avaliação inicial e estabilidade hemodinâmica do paciente. O PRC é assistido por 6 bolsistas extensão, 2 professoras fisioterapeutas e 1 fisioterapeuta assistencial. Apesar do protocolo consolidado, é de fundamental importância conhecer as necessidades de cada indivíduo, respeitando suas limitações, dores e trabalhando para diminui-las. Objetivo: Conhecer as condições de saúde dos participantes, as especificidades do protocolo de exercícios físicos e as limitações decorrentes da dor na implementação do PRC. Métodos: Estudo transversal, tipo estudo de casos, desenvolvido no PRC do HSC com pacientes em tratamento pós cirurgia cardíaca. Estes foram acompanhados a partir dos instrumentos: Diagrama de Corlett e Manenica Adaptado, ficha de acompanhamento clínico e comportamento dos sinais vitais (pressão arterial, saturação periférica de oxigênio, frequência cardíaca, frequência respiratória) e Escalas de Dispneia (dBORG) e Esforço Percebido (eBORG). Resultados: Avaliados 17 pacientes, todos do sexo masculino, idade entre 51 e 74 anos, índice de massa corporal (IMC) variando entre magreza e obesidade, sendo os procedimentos realizados revascularização do miocárdio (n=8) ou troca valvar (n= 9). As atividades do PRC são constituídas de exercícios resistidos com cargas individualizadas por determinação através de teste de 1 repetição máxima realizados com faixas elásticas (tríceps, abdutores de quadril), bola 10 (adutores de quadril), halteres (bíceps braquial) e caneleiras (quadríceps femoral e isquiotibiais). Os exercícios aeróbios são realizados em bicicletas ergométricas (por 30 minutos, com a aferição dos sinais vitais antes, aos 15 minutos e ao final do exercício) levando em consideração o número de batimentos cardíacos por minuto, dBROG e eBORG, e controle da respiração perante os exercícios, sendo que durante a verificação do eBORG inicial corresponde II a III (leve a moderado), durante os exercícios eBORG é considerado entre III e V (moderado a intenso) e após entre II a III (leve a moderado). Após a análise do Diagrama de Corlett e Manenica Adaptado verificou-se maior frequência de dor auto referida: 10 (59%) dos pacientes na região cervical;  10 (59%) dos pacientes na  perna esquerda; 9 (53%) dos pacientes na perna direita; 9 (53%) dos pacientes na região lombar e 8 (47%) dos pacientes na coxa direita. Realizou-se educação do paciente para correção das posturas adotadas durante os exercícios e suas atividades de vida diárias, para que se tenha uma redução dos níveis de dores articulares relatadas, bem como, se necessário, redução de carga para diminuição de impacto. Conclusão: O instrumento Diagrama de Corlett e Manenica Adaptado mostrou-se importante para avaliar e pensar sobre os pacientes com relação as suas dores sentidas durante e após exercício, e assim adaptar dos exercícios protocolados conforme a individualidade de cada paciente.


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