GRUPOS TERAPÊUTICOS COMO PROPOSTA NO CUIDADO A PORTADORES DE DOENÇAS CRÔNICAS NA CLÍNICA ESCOLA - UNISC

Jordana Jahn Limberger, Laura Nunes Miguel, Fábio Ivan Verçosa Santos, Gabriela Petry, Paula Coimbra Nunes, Bruno Xaviel Wacholz, Nestor Pedro Roos

Resumo


O envelhecimento populacional, evidenciado pelo aumento na expectativa de vida, bem como a obesidade e o sedentarismo, fazem acrescer o número de pacientes acometidos com doenças crônicas não transmissíveis. Nesse contexto, os grupos terapêuticos surgem como um aliado na educação em saúde destes pacientes. Assim sendo, o Serviço Integrado de Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul, aliançado ao projeto “Prevenção e promoção de hábitos saudáveis nas doenças crônicas não transmissíveis: da infância ao envelhecimento” promove o acompanhamento semanal de pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2 e hipertensão arterial sistêmica, através de uma equipe multidisciplinar, que desenvolve dinâmicas educativas e propicia, através de testes rápidos e aferições, a obtenção de resultados a respeito da saúde. A assiduidade dos pacientes influi diretamente na obtenção de resultados mais ou menos satisfatórios, uma vez que estes tem a possibilidade de adquirir conhecimentos a respeito da patologia, prevenção de complicações e autocuidado, o que faz gerar um melhor enfrentamento frente a implicação. Partindo desse pressuposto, o objetivo do trabalho é evidenciar os resultados obtidos em um grupo terapêutico que atende diabéticos e hipertensos, levando em consideração os níveis de participação de cada sujeito. Trata-se de um estudo comparativo, de base documental, realizado em um grupo terapêutico, enquadrado na Clínica Escola da Universidade de Santa Cruz do Sul, sendo efetuado no período de março a dezembro do ano de 2018, para a realização do mesmo, foram utilizadas fichas de controle específicas da instituição, contando com dados de 63 pacientes, majoritariamente idosos, sendo estes portadores de alguma doença crônica não transmissível, especialmente Diabetes Mellitus tipo 1 e tipo 2 e/ou Hipertensão Arterial Sistêmica, devendo obrigatoriamente, estar inserido no grupo terapêutico anteriormente evidenciado, sem exclusão de gênero. Para análise dos dados, fez-se uma divisão de três grandes grupos, pacientes com alta adesão, entre 3 a 5 participações mensais, pacientes com média e baixa adesão, equivalendo entre 1 e 2 presenças/mês e, por fim, pacientes sem participação, ou seja, equivalência 0, assim, ao realizar a média de um total de 10 meses, sendo 63 pacientes, 27 obtiveram alta participação, 21 alcançaram uma participação média/baixa, e 15 não tiveram participação em pelo menos algum período do ano. Com as avaliações bimestrais, obteve-se um resultado mais satisfatório com os pacientes de alta adesão, em 100% das aferições de glicemia capilar e pressão arterial, chegando a uma média total de 119mg/dl no valor aferido de glicemia e 130/75 mmHg no valor apurado na pressão arterial, enquanto pacientes que tiveram uma participação média e/ou baixa obtiveram um resultado médio de 142 mg/dl de glicemia e 130/80 mmHg na pressão arterial. Evidencia-se a partir do presente estudo que as atividades grupais desenvolvidas no atendimento de pacientes com doenças crônicas não transmissíveis, surgem como um fator facilitador no controle da patologia e na prática do autocuidado, assim, quanto mais assíduo for o paciente em sua vivência grupal, maior serão os conhecimentos adquiridos e em consequência, os resultados por ele obtidos.


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