VIVÊNCIA ACADÊMICA EM PROGRAMA ASSISTENCIAL E PROJETO DE PESQUISA/EXTENSÃO: EXPERIÊNCIA PREPARATÓRIA PARA A PRÁTICA PROFISSIONAL DE QUALIDADE
Resumo
Introdução: O Programa de Reabilitação Cardiorrespiratória e Metabólica do Hospital Santa Cruz, incorpora em sua prática assistencial os projetos de pesquisa e extensão intitulados “Distúrbios do sono, cardiorrespiratórios e físicos funcionais em portadores de DPOC: um estudo epidemiológico” e “Programa Domiciliar de Reabilitação Respiratória e suas Interfaces, respectivamente”. São assistidos semanalmente 29 pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, em 2 sessões semanais de fisioterapia respiratória e motora, bem como sessões de acompanhamento nutricional e farmacêutico. O principal intuito do programa é promover a reabilitação física e funcional desses pacientes, bem como educação para o automanejo da doença e novo estilo de vida. Para isso, são utilizados protocolos internacionais, reconhecidos pela comunidade científica, para atendimento em grupo de 6 pacientes/1 hora. Apesar a prescrição de exercício ser individualizada, o protocolo de exercícios é igual para todos. Após o reconhecimento e treinamento dos referidos protocolos e iniciado as atividades de extensionistas, as vivências acadêmicas e discussões de casos oriundas das atividades, nos fez refletir sobre o sujeito como um todo, sobre as necessidades de adaptações e mudanças mesmo em protocolos científicos tão bem referenciados Objetivo: Avaliar e quantificar a dor autorreferida em pacientes com DPOC. Métodos: Para realizar o estudo utilizamos o Diagrama de Corlett e Manenica Adaptado, este diagrama permite que o paciente aponte a intensidade de dor e desconforto em 22 segmentos corporais, sendo assim, tem como finalidade fazer um levantamento de dor autorreferida, onde foram avaliados 29 pacientes, com a idade entre 50 e 90 anos. Resultados: Após a aplicarmos e realizamos a analise dos resultados, verificou-se que a grande maioria dos pacientes (18 pacientes, 62%) referiram dor em articulações do joelho, o que pode trazer um desconforto durante as atividades previstas no protocolo assistencial. Dessa forma, buscamos uma alternativa coerente de solução que auxiliasse no tratamento dos pacientes com dor autorreferida no joelho através de: 1- fortalecimento de quadríceps e extensores de joelho, bem como, alongamento de isquiotibiais durante as atividades assistenciais de fisioterapia; 2- orientações do cuidado do paciente em sua residência com uso de crioterapia, posturas e posicionamento adequados nas atividades de vida diária. Conclusão: A dor autorreferida no joelho de pacientes DPOC é frequente em 62% dos casos, o uso do Diagrama de Corlett e Manenica Adaptado é valido para este levantamento, uma vez que é necessário avaliar e tratar o sujeito na sua integralidade. O uso do diagrama não alterou as rotinas assistenciais de fisioterapia, complementou os protocolos de exercícios já existentes e consolidados na literatura, através de orientações e terapêuticas domiciliares simples.
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