O presente trabalho consiste como parte integrante de uma prática de Ações em Saúde da disciplina de Estágio Integrado I e II e tem como finalidade apresentar um grupo operativo, denominado “Grupo Entre Mulheres” o qual acontece há 12 anos no Serviço Integrado de Saúde (SIS), da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). Dessa maneira, o grupo é coordenado pelos estagiários acadêmicos de Psicologia, sendo supervisionadas pela professora do curso e supervisora Dulce Grasel Zacharias, da Abordagem Sistêmica no decorrer do ano de 2019. Sendo assim, o Grupo Entre Mulheres acontece quinzenalmente com indivíduos do sexo feminino, de diferentes faixas etárias e classes sociais. Atua de forma a possibilitar as participantes reunirem-se e compartilharem suas histórias, como também dialogarem sobre suas vivencias, socializar e ressignificar conflitos, além de reconstruir a autoestima e autoconfiança. Tendo isso em vista, este grupo tem como objetivo geral promover encontros para a troca de experiencias, a fim de compreender os próprios sentimentos e comportamentos dentro e fora do grupo; e como objetivos específicos, possibilitar reflexões acerca dos temas abordados, desenvolver uma rede de apoio e fortalecer vínculos positivos. Sobre a justificativa, pensa-se que este grupo possibilita espaço para desenvolvimento e valorização da vida das mulheres, lugar esse em que as participantes poderão aprofundar reflexões sobre a identidade feminina e os desafios sociais e familiares, que cada vez mais tencionam o papel da mulher na sociedade. Em relação aos horários, os encontros ocorrem nas quartas-feiras, no turno da manhã e têm duração de duas horas, realizados em uma sala do Serviço escola da Universidade. No primeiro semestre de 2019 ocorreram oito encontros quinzenais, sendo que nesses os estagiários juntamente com a supervisora, realizaram atividades que possibilitaram a discussão de temáticas decorrentes, também foram aplicadas dinâmicas e debates que surgiram de forma espontânea. Como resultados parciais, podemos concluir que este espaço dedicado à elas, viabiliza a produção de suas subjetividades, quando vivenciam a dor da outra, a forma singular de amar, se relacionar, lidar com suas questões, propiciando assim novas formas de enxergar sua realidade, introjetando, novas possibilidades de enfrentarem seus empecilhos diários. Quando em grupo conseguem discutir sobre os diversos temas que vão surgindo na fala de como foi a semana de cada uma, ficando livre para discutirem, tanto temas de natureza pessoal, social, cultural e econômico, portanto o grupo se retroalimenta a cada encontro, onde podem ser conduzidos temas pré-estabelecidos ou temas livres, cabendo aos supervisores, guiá-las e manejar o tempo de fala ou a forma com a qual se dará essa discussão.