A vida moderna impõem aos seres humanos um volume significativo de eventos estressantes, os quais podem tornarem-se grandes geradores de patologias, sejam por meio de dores e desconfortos físicos, bem como por perturbações emocionais, dentre elas o fenômeno da ansiedade, o qual acomete um número cada vez maior de pessoas e que pode ser caracterizado por estados de inquietação, apreensão e tensão nervosa com impacto negativo sobre os processos aprendizagem e memorização. Existem diversas terapias que buscam tratar os sintomas da ansiedade, sejam de ordem clínica medicamentosa ou por opções não tradicionais como as oportunizadas atualmente no Sistema Único de Saúde – SUS, as chamadas Práticas Integrativas e Complementares – PICS e, dentre elas, a Auriculoterapia e a Aromaterapia. A Auriculoterapia faz parte do conhecimento milenar da Medicina Tradicional Chinesa e utiliza pontos situados juntos ao pavilhão auricular para estimular órgãos e sistemas corporais, oportunizando mudanças significativas em seu potencial de ação sejam em distúrbio orgânicos, sejam os de ordem emocionais. Já a Aromaterapia é um recurso terapêutico que se vale da ação dos óleos essenciais, os quais cada vez mais demonstram sua capacidade em produzir mudanças funcionais em diversos processos patológicos. Ambas práticas que vem conquistando cada vez mais espaço junto aos Postos de Saúde em todo o território nacional, pois são economicamente acessíveis, com significativo número de efeitos colaterais reduzidos e com grande aceitação entre os usuários do SUS. Nesse sentido, com o objetivo avaliar a capacidade destas duas terapias em reduzir dos sintomas da ansiedade, realizou-se este estudo de caráter experimental na ESF da Vila Cruzeiro, no interior do município de Vera Cruz. A amostra foi composta por dezoito (n=18) participantes, todos agricultores e moradores da região, que responderam ao questionário de ansiedade GAD -7, no qual doze (n1=12) utilizaram Auriculoterapia, onde quatro (4) participantes apresentaram índice alto, cinco (5) médio e quatro (4) índice baixo na classificação GAD-7. E seis (n2=6) utilizaram a Aromaterapia, onde três (3) participantes apresentaram índice alto e três (3) índice médio e zero (0) para índice baixo na classificação GAD-7. A metodologia empregada para a Auriculoterapia foi a de um encontro semanal, durante seis (6) semanas, onde foram aplicados pontos auriculares com semente de mostarda, os quais eram trocados semanalmente. A metodologia empregada para a Aromaterapia foi o uso do óleo essencial de sândalo por inalação onde foi utilizado duas (2) gotas diluídas em 400 ml de água quente, durante 10 minutos, um encontro semanal, durante seis (6) semanas. O estudo demonstrou que ambas técnicas apresentaram resultados bastante expressivos para a redução dos sintomas da ansiedade, onde para Auriculoterapia os índices foram de zero (0) participantes para índice alto, três (3) médio e nove (9) apresentaram índice baixo na escala GAD-7; e na Auriculoterapia, índice zero (0) para alto, quatro (4) para índice médio e dois (2) para índice baixo na escala GAD-7. Portanto, o estudo conclui que ambas as terapias mostram-se extremamente eficientes na redução dos sintomas da ansiedade, pois todos (n=12) os participantes reduziram seus índices de ansiedade de acordo com o questionário GAD-7, inclusive os que já eram baixou ficaram ainda mais baixos. Palavras chave: ansiedade, auriculoterapia, aromaterapia