SER BOLSISTA: PERCEPÇÃO DE ALUNOS INGRESSANTES NO CURSO DE FISIOTERAPIA
Resumo
Introdução: Proporcionar funcionalidade é a essência do profissional fisioterapeuta, que está envolvido na prevenção, promoção e reabilitação em saúde. A atuação fisioterapêutica no projeto de Reabilitação Cardiorrespiratório (RC), que proporciona melhor qualidade de vida e maior funcionalidade aos seus pacientes, consiste também em um importante mecanismo de aprendizado e integração entre acadêmicos de diferentes semestres, construindo conhecimentos teóricos e experiências práticas entre os seus integrantes. Objetivo: Relatar as vivências de bolsistas PROBEX e PUIC ingressantes do Curso de Fisioterapia/UNISC, no projeto de RC para pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e pós cirurgia cardíaca. Métodos: Relato de experiências desenvolvido por 4 bolsistas (3 do programa de extensão e 1 do programa de pesquisa), ingressantes no Curso de Fisioterapia. Prevaleceu à troca de experiências e aprendizado junto aos demais envolvidos na RC, sendo 7 bolsistas de extensão/6 de pesquisa e 03 professoras da fisioterapia, além de 01 fisioterapeuta e 03 residentes da multiprofissional/ HSC (1 da educação física e 2 da nutrição). As atividades de extensão e pesquisa acontecem diariamente nos turnos manhã e tarde, cuja organização se dá por meio de reuniões. Foram realizadas capacitações para promover o aprendizado aos bolsistas iniciantes, além de cotidianamente prevalecer o aprendizado com os demais bolsistas e pacientes. Principais resultados: Foram obtidos resultados satisfatórios, cada qual com seu paciente. 1) Paciente DPOC, aguardando transplante de pulmão, 69 anos de idade, realizava exercícios aeróbios e dessaturava antes de chegar aos 15 minutos (`) de exercício. Devido a isso, utilizou-se um padrão respiratório (inspiração e expiração profunda em 10 tempos), onde o mesmo obteve êxito e completou 15` de exercício aeróbio contínuo e sem oxigênio (O2). 2) Paciente da RC, 57 anos, realizou Cirurgia de Revascularização do Miocárdio e obteve evolução satisfatória, pois o mesmo não realizava exercício aeróbio, após algumas sessões iniciou com 10` e atualmente, consegue realizar os 30` estipulados no protocolo. 3) Paciente DPOC, 62 anos, aguardando transplante de pulmão, iniciou exercícios resistidos e posteriormente aeróbios por 15`, devido a dessaturação de O2, o qual era necessário ser suplementado. Atualmente, o paciente realiza todos os exercícios resistidos e o aeróbio durante os 30` suplementação de O2 sendo isso possível devido ao padrão respiratório instituído aliado a dedicação do paciente frente as condutas propostas. Não obstante, ter como experiência no primeiro semestre do curso a participação em um projeto que agrega conhecimento científico e prático é um grande aprendizado. Entretanto, surgiram algumas limitações: dificuldade de estabelecer relação terapeuta-paciente de imediato, não saber aferir e manter a estabilidade dos sinais vitais, observar o comportamento físico do paciente e conhecer todo o protocolo de exercícios. Conclusões: Os relatos supracitados dão ênfase à importância da intervenção fisioterapêutica perante o tratamento e a integração entre os bolsistas que se faz imprescindível para um bom atendimento. O conhecimento adquirido na prática de bolsista tem facilitado a conexão entre a teoria e a realidade da prática profissional, otimizando aspectos da formação que só serão vivenciados nas disciplinas de estágio curricular.
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