SER BOLSISTA: PERCEPÇÃO DE ALUNOS INGRESSANTES NO CURSO DE FISIOTERAPIA

Kétlin Melissa Maciel de Oliveira, Luana dos Passos Vieira, Maria Julia Andreta Barros da Silva, Gabriela Fink, Diana da Silva Geiger, Tania Cristina Malezan Fleig, Andréa Lucia Gonçalves da Silva

Resumo


Introdução: Proporcionar funcionalidade é a essência do profissional fisioterapeuta, que está envolvido na prevenção, promoção e reabilitação em saúde. A atuação fisioterapêutica no projeto de Reabilitação Cardiorrespiratório (RC), que proporciona melhor qualidade de vida e maior funcionalidade aos seus pacientes, consiste também em um importante mecanismo de aprendizado e integração entre acadêmicos de diferentes semestres, construindo conhecimentos teóricos e experiências práticas entre os seus integrantes. Objetivo: Relatar as vivências de bolsistas PROBEX e PUIC ingressantes do Curso de Fisioterapia/UNISC, no projeto de RC para pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e pós cirurgia cardíaca. Métodos: Relato de experiências desenvolvido por 4 bolsistas (3 do programa de extensão e 1 do programa de pesquisa), ingressantes no Curso de Fisioterapia. Prevaleceu à troca de experiências e aprendizado junto aos demais envolvidos na RC, sendo 7 bolsistas de extensão/6 de pesquisa e 03 professoras da fisioterapia, além de 01 fisioterapeuta e 03 residentes da multiprofissional/ HSC (1 da educação física e 2 da nutrição). As atividades de extensão e pesquisa acontecem diariamente nos turnos manhã e tarde, cuja organização se dá por meio de reuniões. Foram realizadas capacitações para promover o aprendizado aos bolsistas iniciantes, além de cotidianamente prevalecer o aprendizado com os demais bolsistas e pacientes. Principais resultados: Foram obtidos resultados satisfatórios, cada qual com seu paciente. 1) Paciente DPOC, aguardando transplante de pulmão, 69 anos de idade, realizava exercícios aeróbios e dessaturava antes de chegar aos 15 minutos (`) de exercício. Devido a isso, utilizou-se um padrão respiratório (inspiração e expiração profunda em 10 tempos), onde o mesmo obteve êxito e completou 15` de exercício aeróbio contínuo e sem oxigênio (O2). 2) Paciente da RC, 57 anos, realizou Cirurgia de Revascularização do Miocárdio e obteve evolução satisfatória, pois o mesmo não realizava exercício aeróbio, após algumas sessões iniciou com 10` e atualmente, consegue realizar os 30` estipulados no protocolo. 3) Paciente DPOC, 62 anos, aguardando transplante de pulmão, iniciou exercícios resistidos e posteriormente aeróbios por 15`, devido a dessaturação de O2, o qual era necessário ser suplementado. Atualmente, o paciente realiza todos os exercícios resistidos e o aeróbio durante os 30` suplementação de O2 sendo isso possível devido ao padrão respiratório instituído aliado a dedicação do paciente frente as condutas propostas. Não obstante, ter como experiência no primeiro semestre do curso a participação em um projeto que agrega conhecimento científico e prático é um grande aprendizado. Entretanto, surgiram algumas limitações: dificuldade de estabelecer relação terapeuta-paciente de imediato, não saber aferir e manter a estabilidade dos sinais vitais, observar o comportamento físico do paciente e conhecer todo o protocolo de exercícios. Conclusões: Os relatos supracitados dão ênfase à importância da intervenção fisioterapêutica perante o tratamento e a integração entre os bolsistas que se faz imprescindível para um bom atendimento. O conhecimento adquirido na prática de bolsista tem facilitado a conexão entre a teoria e a realidade da prática profissional, otimizando aspectos da formação que só serão vivenciados nas disciplinas de estágio curricular.


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