NÚMERO DE HORAS DE TELAS PRATICADAS POR CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM EXCESSO DE PESO ATENDIDOS NUM AMBULATÓRIO MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE

Letícia Carolina Barbian, Vitória Alves, Marilia Dornelles Bastos, Francisca Maria Assmann Wichmann, Fabiana Assmann Poll

Resumo


Introdução: O sedentarismo, que representa um fator de risco para obesidade, é consequência, entre outras coisas, das facilidades da tecnologia, da vida mais atribulada das pessoas e da falta de segurança, que faz com que as crianças e adolescentes fiquem mais restritos de atividades físicas cotidianas. As crianças que antigamente brincavam nas ruas, jogavam futebol em campinhos, pulavam amarelinha, estão cada vez mais em suas casas, sentadas em frente a telas, olhando televisão, jogando videogames e usando celular. Fato que associado a obesidade, pode contribuir para manifestação de doenças crônicas não transmissíveis, problemas articulares e alterações emocionais. Objetivo: Verificar o número de horas de telas praticadas por crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade, atendidas de janeiro a julho de 2019 num ambulatório multiprofissional em saúde. Metodologia: Estudo com delineamento transversal de natureza quantitativa, realizado no ambulatório multiprofissional denominado Vida Leve, que atende crianças e adolescentes em excesso de peso, desenvolvido por alunos e professores dos cursos de Medicina e Nutrição, e faz parte do projeto de extensão “Promoção de modos de vida saudáveis nas doenças crônicas não transmissíveis e obesidade: da infância ao envelhecimento humano”, vinculado à Universidade de Santa Cruz do Sul. Os dados coletados no primeiro atendimento se referem ao sexo e número de horas de telas (televisão, celular e computador) habitual das crianças e adolescentes. Estes, foram tabulados no Microsoft Excel e analisados descritivamente. Considerou-se a média do grupo, e fez-se a análise por sexo. Verificou-se também, aqueles que referiram permanecer por =2 horas/dia em telas, que é o tempo máximo recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Resultados: Totalizou-se 29 pacientes com sobrepeso e obesidade, com idade média de 9,6 anos, sendo 58,6% do sexo feminino e 41,4% do sexo masculino. A média do número de horas de telas da amostra avaliada foi de 3,45 horas. Apenas, 41% das meninas e 16% dos meninos relataram permanecer em frente a telas por =2 horas. Conclusão: Obteve-se um valor médio de horas de telas maior do que o recomendado, sendo que aproximadamente metade dos pacientes avaliados atende essa recomendação. Esse fato pode representar um fator de risco adicional para essas crianças e adolescentes, que já se apresentam na condição de excesso de peso em idades precoces da vida. Destaca-se que esse hábito pode estar associado a um consumo maior de guloseimas e alimentos calóricos, que estão mais presentes nas mídias e tem maior praticidade de consumo.


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