TRATAMENTO MULTIPROFISSIONAL DE LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTE PARAPLÉGICA ACOMETIDA POR MIELOMENINGOCELE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Ingrid Franco Machado, Kiandra Thomé, Angela Cristina Ferreira da Silva, Daiana Kein Weber Carissimi

Resumo


INTRODUÇÃO: A mielomeningocele é uma má formação congênita do sistema nervoso central, acomete cerca de 1:1000 nascidos vivos, na maioria dos casos está associada a hidrocefalia. Esta patologia compromete o sistema urinário, digestivo e locomotor, como sequela ocorre paralisia parcial ou total dos membros inferiores. Sendo assim, a perda da mobilidade pode levar o paciente a desenvolver lesões por pressão caso não tenha a assistência necessária. OBJETIVO: Descrever a experiência vivenciada por acadêmicas do Curso de Enfermagem e Fisioterapia no atendimento multiprofissional ao paciente paraplégico com lesão por pressão METODOLOGIA: Estudo de caso realizado durante as atividades multidisciplinares no Ambulatório de Feridas no Serviço de Reabilitação Física – SRFis da Universidade de Santa Cruz do Sul. RESULTADOS: Paciente do sexo feminino, 24 anos, cadeirante, com histórico de Mielomeningocele. Apresenta perda da mobilidade de membros inferiores é cadeirante desde os 2 anos de idade, vindo a desenvolver lesão por pressão em região glútea à esquerda há cerca de cinco anos. A partir de março de 2019, conseguimos acompanhá-la. Sua lesão media cerca de 5x5 cm de diâmetro e 4cm de profundidade. Possuía bordas bem definidas, não aderidas a base da ferida, leito com presença de tecido de granulação e pouca quantidade de fibrina, ausência de pontos de necrose e drenando secreção serosa em grande quantidade. A região peri lesão encontrava-se íntegra e sem presença de maceração. A mãe relata acompanhar a filha desde a descoberta da patologia e que realiza todos os cuidados, inclusive higiene, alimentação e curativos da mesma. Refere que há tempo trata a lesão (da paciente) através dos tratamentos convencionais e outros populares, porém sem obter melhora significativa. Após avaliação, paciente foi incluída ao Ambulatório de Feridas - SRFis. Nos atendimentos seguintes foi indicado as condutas fisioterapêuticas e de enfermagem como: alta frequência e laser de média frequência o tratamento se constituiu na utilização do Laser com comprimento de onda de 660 pnm, frequência de 20 Hz com fluência de 10J/cm² e aplicação de hidrogel. CONCLUSÃO: O presente estudo teve como pontos fortes as orientações quanto ao seu posicionamento no leito e na cadeira; higiene e cuidados cotidianos da ferida, alimentação adequada e a importância da fisioterapia motora (prestadas a cuidadora, bem como, à paciente). Estas orientações e o cuidado domiciliar são fundamentais para êxito do tratamento.


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