Introdução: Pessoas em internação hospitalar, principalmente na Unidade de Terapia Intensiva, se encontram incapacitadas de manter uma correta higienização bucal, necessitando do auxílio de profissionais da saúde qualificados para realização desta e demais. Problemas bucais, na maioria das vezes, ocorrem por uma deficiente higienização, atuando como foco de disseminação de microrganismos patógenos, com efeito metastático sistêmico, principalmente em pacientes que se encontram com a saúde debilitada. Objetivo: O objetivo deste trabalho é enfatizar a importância do Cirurgião Dentista estar presente no corpo clínico dos hospitais, principalmente na Unidade de Terapia Intensiva. Metodologia: Este estudo constitui-se de uma revisão de literatura realizada nas bases de dados: Pubmed, Scielo, Bireme e Google Acadêmico. Foram utilizados artigos que descrevessem o papel e a importância do Cirurgião Dentista estar vinculado na Unidade de Terapia Intensiva, além de artigos que correlacionavam a condição de saúde bucal do paciente com a saúde sistêmica. Resultados: É observado que todos os procedimentos odontológicos na UTI, tem como objetivo anemizar, ou até cessar as chances de infecção hospitalar, diminuindo assim a possibilidade do agravamento do estado de saúde geral do paciente, uma vez que já está estabelecido a capacidade de afecções bucais estarem diretamente relacionadas com a saúde sistêmica do. O Cirurgião Dentista presente no hospital além de monitorar e fornecer uma correta higienização bucal, tem também o papel de realizar adequações do meio bucal, removendo quaisquer possíveis focos infecciosos previamente instalados. A deficiência do tratamento odontológico no ambiente hospitalar aumenta as chances de infecções, septicemias e doenças que acometem o trato respiratório, como a pneumonia, que podem levar os pacientes acometidos a óbito. Fica evidente em diversos estudos, que a saúde bucal de pacientes internados em unidades de terapia intensiva e que não possuem um acompanhamento odontológico pode resultar em graves complicações sistêmicas, o biofilme dentário pode ser uma fonte de infecção nosocomial onde as bactérias da cavidade oral migram e se alojam nas vias aéreas destes pacientes resultando em pneumonias de aspiração. Estas pneumonias são patologias altamente debilitantes e são a segunda causa de infecções hospitalares, responsável pelo aumento das taxas de morbidade e mortalidade, representam 15% das infecções hospitalares e entre os pacientes afetados 20 à 50% acabam falecendo no leito das UTI’s. Considerações Finais: A presença do Cirurgião Dentista no corpo clínico do hospital está aos poucos ganhando seu espaço nas equipes multidisciplinares, em contrapartida ainda encontramos algumas barreiras, dentre elas a falta de infraestrutura e de preparo dos outros profissionais em entenderem os benefícios e vantagens da odontologia em pacientes hospitalizados.