REGENERAÇÃO ÓSSEA GUIADA COM A UTILIZAÇÃO DE UMA MEMBRANA DE POLIPROPILENO APÓS EXODONTIA: RELATO DE CASO

Wesley Misael Krabbe, Michele Platen Altermann, jamile da rosa, Mahmud Juma Abdel Abdalla Hamid

Resumo


Introdução: A preservação e regeneração óssea de rebordos alveolares pós-exodontias são um dos principais objetivos da Odontologia atual, pois a extensa perda óssea compromete a futura reabilitação oral através de implantes ósseointegrados. Técnicas de Regeneração Óssea Guiada (ROG) vem sendo utilizadas atualmente com o objetivo de preservar e recuperar rebordos ósseos comprometidos, possibilitando uma futura reabilitação implantar com grande sucesso clínico. A partir do momento que um dente é extraído de seu alvéolo, inicia-se o processo de reabsorção óssea, gerando um osso alveolar com dimensões ósseas verticais e horizontais progressivamente diminuídas. Isso acontece a expensas do processo da inflamação que começa pela epitelização, fibroplastia e remodelação. Mediante isso, uma das possibilidades de haver uma estagnação dessas perdas ósseas é através da regeneração óssea guiada, fazendo com que se consiga dimensões ósseas ou ao menos reduzir os defeitos causados no tecido ósseo após uma exodontia. Objetivo: O objetivo deste estudo é relatar um caso clínico de instalação de uma membrana de popipropileno BoneHeal® após a exodontia do elemento dentário 46, avaliando as dimensões ósseas em largura e altura do álveolo para posterior reabilitação com implante ósseointegrado. Metodologia/Relato do Caso: Paciente L. S. gênero feminino, leucoederma, compareceu à Clínica de Odontologia da UNISC com indicação de exodontia do elemento 46. Optou-se pela realização de uma exodontia atraumática, preservando o tecido ósseo alveolar para posterior instalação da membrana de polipropileno BoneHeal®. O procedimento cirúrgico iniciou-se através da assepsia intra e extra oral, utilizando Gluconato de Clorexidine 0,12% e 2% respectivamente. Após isso, foram realizados as infiltrações anestésicas e posteriormente iniciou-se a sindesmotomia, descolando a gengiva marginal da estrutura óssea, feito isso, o dente foi luxado e então, por conseguinte, realizou-se a odontosecção em alta rotação, dividindo o dente em dois fragmentos, distal e mesial, facilitando a remoção sem danificar o alvéolo. Os fragmentos foram removidos e o alvéolo foi curetado, pois o mesmo apresentava lesão periapical. O alvéolo foi irrigado com soro fisiológico e posteriormente, a membrana de polipropileno Bone Heal® foi instalada e suturada com um ponto em X. A paciente foi encaminhada a uma clínica de radiologia para realização de um exame tomográfico logo após o procedimento cirúrgico. Foi solicitado um retorno de 10 dias a paciente para a remoção da sutura e avaliação da condição da membrana, foi também agendado um segundo exame tomográfico do tipo Cone Bean para 90 dias, com o objetivo de visualizar as dimensões ósseas.  Resultado: Após a realização do segundo exame tomográfico, 90 dias após o procedimento, foram calculadas as medidas ósseas em largura e altura do alvéolo. Os cortes tomográficos avaliados foram executados com 1mm de espessura. Como resultado se obteve as medidas iniciais em largura de 8,17mm e altura 15,77mm. As medidas finais foram, em largura 6,56mm e altura 15,75mm. Conclusão: A técnica cirúrgica utilizada neste procedimento, bem como a utilização da membrana de polipropileno Bone Heal®, possibilitou com que não ocorresse reabsorção óssea alveolar considerável, o que favoreceu a região para posterior reabilitação com implante ósseointegrado, fazendo com que o mesmo possa ser instalado com precisão e tenha grande estabilidade. 


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