JULHO AMARELO – UMA ALERTA PARA AS HEPATITES VIRAIS

Cassiandra Sampaio Joaquim, Gabriela de Borba Corrêa, Thauana Hermes, Nathália Iohane Baier, Nelci de Moraes Pedroso Oliveira, Loriani Paula de Moraes, Vanda Hermes, Chana de Medeiros Silva, Lisoni Muller Morsch, Lia Gonçalves Possuelo

Resumo


Segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde de 2019, de 1999 a 2018, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 632.814 casos de hepatites virais. A partir da importante questão de saúde pública que esses dados representam, realizaram-se atividades de prevenção em estratégias de saúde da família (ESF), do município de Santa Cruz do Sul, através de atividades de extensão universitária que visa integrar o ensino-serviço, com ênfase na Atenção Básica. O objetivo desta integração foi desenvolver atividades de prevenção a hepatites virais em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), de Santa Cruz do Sul. As atividades foram realizadas por bolsistas do Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde, PRÓSAÚDE da Universidade de Santa Cruz do Sul, no período de 9 a 11 de julho de 2019, em 5 ESF. A população alvo foram os dentistas, auxiliares de saúde bucal e comunidade geral. A equipe odontológica respondeu a um questionário estruturado com perguntas abertas e fechadas contendo variáveis relacionadas ao conhecimento referente aos fatores de risco e formas de prevenção às hepatites virais. Foram produzidos pelos bolsistas, materiais informativos (folders, cruzadinhas) para realização de sala de espera contendo informações sobre sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção de infeção de hepatites virais. Na sala de espera, foram realizadas atividades de orientação através de um jogo: “Pega ou não Pega”, que apresentava imagens que ilustravam formas de contágio e que serviam como disparador para as discussões. Foram entrevistados 9 profissionais, sendo 5 dentistas e 4 auxiliares de saúde bucal, com tempo de atuação que variou entre 5 meses e 33 anos. Todos os entrevistados afirmam conhecer as normas de biossegurança, porém 3(33%) afirmam não trabalhar de acordo com as mesmas. Todos declaram usar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), tais como gorro (89%), máscara (89%), luva (100%), óculos (55%), propé (0%), jaleco (100%), protetor de seringa tríplice (55%). Outros métodos de prevenção também foram citados: desinfecção das superfícies do consultório com álcool comum (22%), plástico como barreira para proteção de equipo (89%), esterilização de materiais (100%) e anamnese (100%). 78% relataram estar com suas vacinas em dia (anti-tetânica, hepatite B, tríplice viral e gripe/2019). Quando questionados se são capacitados para realizar testes rápidos 2 (22%) afirmaram que sim e os demais profissionais gostariam de fazer capacitação e, consequentemente, abririam espaço em suas agendas para a realização de testes rápidos. Segundo dados da SMS existe uma demanda reprimida quanto à realização de testes rápidos nas ESFs, visto que, atualmente, apenas as enfermeiras são capacitadas para tal.Diante deste levantamento, no segundo semestre será realizada uma capacitação sobre testes rápidos para a equipe de odontologia das ESFs, através de uma parceria entre a UNISC e a SMS. No total 81 pessoas, foram atingidas de forma direta nesta atividade, e muitas outras serão de forma indireta, visto que, educar promovendo saúde nesse espaço vai além da prevenção e tratamento de doenças, trata-se de um recurso que possibilita uma construção de saberes indispensáveis para a adoção de novos hábitos e condutas por parte da população. Além disso, foi possível comprovar que a adoção das normas de biossegurança e o uso adequado de EPIs tem por finalidade garantir a proteção do trabalhador e do paciente. 


Apontamentos

  • Não há apontamentos.