FISIOTERAPIA NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM MULHER JOVEM

Thayná Mello Tatsch, Maria Eduarda Santos Cezimbra, Jéssica Luiza Pedroso da Silva, Diully de Carvalho Alves, Claudia Maria Schuh, Ana Cristina Sudbrack

Resumo


A incontinência urinária (IU) é caracterizada pela perda involuntária da urina. O assoalho pélvico tem como função principal a sustentação dos órgãos internos como a bexiga, o útero e o reto e é devido ao enfraquecimento desta musculatura que ocorre o desenvolvimento da patologia. Existem diferentes tipos de incontinência urinaria, como a de esforço, de urgência e a mista. A IU de esforço caracteriza-se pela perda involuntária de urina devido a atos como tossir, espirrar, rir e ao fazer força. A de urgência é caracterizada pela necessidade repentina de esvaziamento da bexiga. Já a IU mista é caracterizada pela associação da incontinência de urgência juntamente à de esforço. A fisioterapia tem sido uma das escolhas para o tratamento conservador da IU e tem como objetivo principal fortalecer a musculatura do assoalho pélvico utilizando recursos como eletroestimulação e cinesioterapia, onde destacam-se os exercícios de Kegel, os quais têm o objetivo de auxiliar no fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico e oferecer uma reeducação perineal, podendo ser associado ao uso de cones vaginais. A eletroestimulação é uma técnica que exerce fortalecimento da musculatura sem a necessidade de paciente realizar a contração voluntária.  O objetivo deste relato de caso foi analisar e descrever o tratamento fisioterapêutico da incontinência urinária de esforço em uma mulher jovem de 25 anos de idade, utilizando recursos da eletroestimulação e cinesioterapia associada a cones vaginais, o qual foi realizado no projeto de extensão intitulado Atenção Fisioterapêutica Integral na Saúde da Mulher, na clínica de fisioterapia, da Universidade de Santa Cruz do Sul (FisioUnisc). Na avaliação inicial, a força do assoalho pélvico foi mensurado através do teste AFA (avaliação funcional do assoalho pélvico) e para avaliar a qualidade de vida utilizou-se o King’s Health Questionnaire (KHQ) antes e após o tratamento. O tratamento foi constituído por 21 sessões de eletroestimulação, com o equipamento Dualpex Uro da marca Quark, programa 7 para reforço perineal, com frequência de 50 Hz e uso de sonda endocavitária, por 20 minutos. O uso de cones vaginais foi associado à cinesioterapia em todas as sessões. Observou-se um incremento na força da musculatura do assoalho pélvico, diminuição dos escapes, melhora da qualidade de vida, aumento de libido, melhora na qualidade do sono, diminuição dos episódios de dores na bexiga e infecção urinária, sintomas que haviam sido relatados pela paciente na avaliação inicial. A atuação do fisioterapeuta é de grande importância no tratamento da incontinência urinária de esforço podendo associar a terapia com o uso de dispositivos cinesioterapêuticos e a eletroestimulação. O estudo mostrou-se eficaz no fortalecimento da musculatura e na qualidade de vida da paciente.


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